Governo francês reitera apelos ao uso de máscaras

A França regista um número crescente de casos de Covid-19, gripe e diversas infeções respiratórias, mas são poucos os que usam máscara nos transportes públicos como recomenda o governo.
Na visita a um hospital de Paris, o ministro da Saúde, François Braun, sugeriu o regresso às medidas obrigatórias de proteção.
"As medidas de proteção, a vacinação, são uma salvaguarda individual para os pacientes de maior risco, como aqueles que encontrei hoje aqui no hospital Foch. É também uma responsabilidade coletiva. O nosso sistema de saúde está sob grande tensão, quer seja nos consultórios médicos ou no hospital. Nesta tensão atual, esta tripla epidemia - bronquiolite, gripe e Covid - coloca o sistema em perigo, e se o sistema não conseguir aguentar, todos os pacientes ficarão numa situação difícil. "
Mas a maioria dos franceses não quer voltar às restrições da pandemia, nem que o uso de máscara seja obrigatório, tal como Edy Paulo Miguel, um passageiro do metro de Paris, que afirma: "Se deveria ser tornado obrigatório, é uma grande questão. Pessoalmente, penso que temos de encontrar uma solução para nos habituarmos à Covid, porque temos a impressão de que ela vai e vem, vai e vem. Penso que torná-lo obrigatório é um pouco difícil porque hoje em dia as pessoas estão fartas de toda a situação. Eu, pessoalmente, penso que não deve ser tornado obrigatório. "
A situação inquieta o governo. Para já, o ministro da Saúde e a primeira-ministra, Elisabeth Borne apelam ao uso de máscara, lembrando que se aproximam as festas de Natal e fim de ano, propícias à transmissão dos vírus.
François Braun escreveu no Twitter que a sua mão "não vai tremer" se for preciso impor o uso da máscara nos transportes públicos.