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Tunisinos votam em eleições boicotadas por grande parte da oposição

Eleições Legislativas na Tunísia
Eleições Legislativas na Tunísia Direitos de autor  Hassene Dridi/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Hassene Dridi/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De Nara Madeira com AP, AFP
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Eleitores tunisinos decidem nova composição do parlamento numas eleições marcadas pela ausência de grande parte da oposição.

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Os tunisinos decidem, este sábado, em eleições Legislativas a nova composição do parlamento. Um escrutínio que acontece com o boicote de grande parte dos partidos da oposição que acusam o Presidente de pretender consolidar, mais ainda, o poder e de autoritarismo. 

O Parlamento reuniu-se, pela última vez, em julho de 2021. O chefe de Estado dissolveu este órgão em março deste ano. Desde então, Kais Saied condicionou a independência do poder Judicial e enfraqueceu os poderes do parlamento. Ainda assim, continua a ter o apoio de mais de metade do eleitorado. Em julho, em referendo, os tunisinos aprovaram uma nova Constituição que lhe atribui amplos poderes executivos. Em setembro, o chefe de Estado alterava a Lei Eleitoral para diminuir o papel dos partidos políticos.

A nova lei reduz, de 217 para 161, o número de deputados da Câmara Baixa da Assembleia. Cargos que passam a ser eleitos, directamente, em vez de fazerem parte de uma lista partidária. Quem não cumprir as suas funções pode ser afastado se 10% dos seus eleitores apresentarem um pedido formal.

Os críticos das reformas à Lei Eleitoral dizem que elas prejudicaram, particularmente, as mulheres. Apenas 127 estão entre os 1.055 candidatos ao escrutínio deste sábado.

Mas o boicote não preocupa Saied que, depois de votar este sábado, dizia que vão escrever "uma nova história" onde todos os tunisinos, "homens e mulheres", vivam "livremente", onde cada um "encontre o seu lugar na sua pátria, tenha o direito à Educação, Saúde, Transportes e Segurança Social", se "Deus quiser".

Estas eleições acontecem no meio de uma crise social, económica e política profunda. E quando há preocupações no que diz respeito ao estado da Democracia no país que foi o berço dos protestos da "Primavera Árabe", há uma década.

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