Tunisinos aprovaram a nova constituição

Mulher tunisina após o voto no referendo
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Com uma taxa de participação de pouco mais de 25%, os tunisinos aprovaram, em referendo, a nova constituição que reforça os poderes do presidente

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Os tunisinos disseram sim à nova constituição do país, proposta pelo presidente e que dará a Kais Saied poderes alargados.

Terão participado no referendo um mínimo de 25% dos eleitores, que votaram a 90% pelo novo texto.

Os opositores dizem que a nova constituição põe em risco a democracia na Tunísia.

O presidente, por seu turno, defende que restabelece a ordem e a dignidade.

Kais Saied afirmou: "Vamos construir uma nova república baseada na verdadeira liberdade, na verdadeira justiça e na dignidade nacional. Não há dignidade para as nações sem o respeito pela dignidade dos seus cidadãos".

O referendo surge um ano após Kais Saied ter demitido o governo e suspendido o parlamento, naquilo que os críticos viram como um golpe de Estado, mas que muitos tunisinos apoiaram, cansados dos jogos de poder das elites políticas e da estagnação económica e social do país.

"Esperei por esta oportunidade de votar durante muito tempo. Espero que traga coisas boas para o povo tunisino e para o país", diz uma mulher.

A nova constituição remove os equilíbrios do poder estabelecidos pela constituição de 2014, aprovada após a revolução que derrubou Ben Ali, e dá ao chefe do Estado o controlo do exército e do executivo.

A tensão é grande na sociedade tunisina. As forças de segurança permanecem em alerta máximo.

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