Adolescente de 13 anos abre fogo em Jerusalém

Um adolescente de 13 anos protagonizou este sábado mais um ataque em Jerusalém. De acordo com as autoridades israelitas, o jovem feriu duas pessoas, pai e filho, com uma arma de fogo. O menor acabou por ser imobilizado a tiro pela polícia e levado para o hospital.
O porta-voz da polícia de Israel disse que as as autoridades do país não vão permitir que organizações terroristas tirem partido das crianças e dos jovens. Para Dean Elsdunne, os últimos ataques representam um "aumento significativo do nível de terror" e vão ter uma "resposta em conformidade" da parte da polícia: forte, com determinação e profissionalismo.
O ataque aconteceu pouco depois da detenção de 42 suspeitos de envolvimento num outro tiroteio, esta sexta-feira, junto a uma sinagoga no leste da cidade, na sequência do qual morreram sete pessoas e outras 10 ficaram feridas.
A polícia abateu no local o atirador, identificado pelas autoridades como um palestiniano de 21 anos.
União Europeia condena violência
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apelou a Israel para que usasse a força letal apenas como "último recurso", condenando simultaneamente os ataques cometidos pelos palestinianos na sexta-feira e no sábado.
Numa declaração, onde defendeu o regresso às negociações de paz, Borrell afirmou que "a União Europeia reconhece plenamente as legítimas preocupações de segurança de Israel, ainda mais justificadas pelos últimos ataques terroristas, mas deve salientar-se que a força letal só deve ser utilizada como último recurso, quando é estritamente inevitável para proteger a vida".
Tensões diplomáticas agravam-se
Aos israelitas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apelou à calma e a que deixem o cumprimento da lei para as forças de segurança.
As circunstâncias colocaram a visita de Antony Blinken a Jerusalém e Ramallah no centro das tensões diplomáticas. O secretário de Estado norte-americano é esperado nas duas cidades na próxima semana, naquela que será a sua primeira visita a Israel depois de o governo de extrema-direita e ultra-ortodoxo de Netanyahu ter assumido o poder.
O desafio só aumentou com o mais recente tiroteio e os respetivos festejos na Cisjordânia.
Os palestinianos celebraram, durante a noite,aquela que consideram ter sido a resposta adequada ao raide do exército israelita, num campo da Cisjordânia ocupada, esta quarta-feira. de onde resultaram pelo menos nove mortos.