Ucrânia acredita que Rússia pode estar a preparar operação de grande envergadura por ocasião de aniversário da invasão e, depois dos tanques, pede caças ao Ocidente
Os poucos residentes que ainda continuam em Bakhmut, no leste da Ucrânia, tentam sobreviver aos insistentes ataques russos e ao rigoroso inverno.
A linha da frente dos combates sofreu poucas alterações nas últimas semanas, mas Kiev espera que o novo material militar prometido pelo Ocidente jogue a seu favor.
A Ucrânia teme, no entanto, que a Rússia esteja a preparar uma grande ofensiva, podendo empregar até meio milhão de militares, por ocasião do primeiro aniversário da invasão, a 24 de fevereiro.
Depois dos tanques, os caças
Vários países prometeram tanques a Kiev, mas aliados como o novo presidente checo, Petr Pavel, um antigo general da NATO, defendem um ainda maior apoio e o debate ronda agora à volta de caças.
Londres não descarta a opção. O secretário da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, afirmou ontem que está "bastante aberto a examinar todo o tipo de sistemas, e não apenas caças, para dar à Ucrânia essa assistência, mas essas coisas nem sempre acontecem da noite para o dia".
Kiev e a luta contra a corrupção
Empenhada em mostrar-se pronta a avançar, em paralelo, com a candidatura à União Europeia, a Ucrânia continua a atacar-se à corrupção interna.
Esta semana, foram visadas agências de assistência às vítimas de guerra, com a detenção de vários oficiais em Odessa, acusados de desviar o equivalente a 175.000 euros.