Chefe de Estado turco tem sido alvo de várias críticas. Enfrenta um dos maiores testes em décadas de governação, em plena contagem decrescente para as eleições presidenciais
De visita às áreas afetadas pelo sismo devastador de segunda-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, enfrentou um teste a duas décadas de governação.
No terreno, deparou-se com um cenário apocalíptico. Casas arrasadas, ruas repletas de escombros e famílias desoladas.
Neste momento, contam-se mais de 14 mil vítimas mortais na Turquia e milhares de feridos.
De acordo com o presidente, desabaram ainda 6444 edifícios em dez províncias do sudeste do país.
A três meses das eleições presidenciais, Erdoğan anunciou ajuda económica imediata para apoiar as vítimas.
O presidente turco reconheceu deficiências na resposta do governo, mas prometeu que ninguém ficaria na rua.
Erdoğan tem sido duramente criticado por sobreviventes do terramoto na Turquia.
Alguns dizem que tiveram de encontrar um teto e alimentos pelos próprios meios. Outros queixam-se que tiveram de aceitar - impotentes - à morte de familiares debaixo dos escombros.
As críticas contra a corrupção no país também dispararam. Muitos não entendem como foi possível construir de forma desenfreada, sem respeito pelas técnicas de construção antissísmica.
Também não percebem que se tenham fechado os olhos a construções classificadas como não seguras.
O sismo de magnitude 7,8 na escala aberta de Richter atingiu na segunda-feira o sudeste da Turquia mas também o norte da vizinha Síria. Foi seguido de várias réplicas, umas das quais de magnitude 7,5.