A luta dos milhões de ucranianos que ainda vivem fora do país

Criança com balões com as cores da bandeira da Ucrânia
Criança com balões com as cores da bandeira da Ucrânia Direitos de autor AP Photo/Andreea Alexandru
De  Euronews
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Um estudo da Agência dos Direitos Fundamentais da UE revela como vivem milhões de ucranianos refugiados nos dez principais países de acolhimento

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No último ano, milhões de ucranianos atravessaram a fronteira para fugir à guerra. Nas contas da Organização Internacional das Migrações, o conflito fez mais de 13 milhões de deslocados. Cinco milhões e meio já terão voltado às localidades de origem, mas a maioria permanece no exterior.

A Agência dos Direitos Fundamentais (FRA) da União Europeia quis saber como vivem os ucranianos no exterior. Selecionou os dez países que à data do inquérito, no final do verão passado, eram mais relevantes.

São países que partilham uma fronteira terrestre com a Ucrânia, - Polónia Hungria, Roménia e Eslováquia - ou que receberam o maior número de pessoas deslocadas da Ucrânia - Bulgária, Chéquia, Alemanha, Itália e Espanha - ou que receberam o maior número de refugiados relativamente à sua população total - Estónia.

A União Europeia foi rápida a criar mecanismos de exceção para acolher os migrantes ucranianos. Um terço dos mais de 14 mil e 500 inquiridos requereu asilo no país de acolhimento, mas a grande maioria só pediu proteção temporária.

A razão pode ter a ver com a forma como olham para o futuro. Um em cada três inquiridos pretende, em última análise, regressar à Ucrânia. Só um em cada 5 parece decidido a criar raízes no exterior.

Apesar dos vários programas de ajuda, a maioria dos ucranianos paga pelo menos uma parte das despesas com o alojamento.

38% pagam a totalidade das contas - entre renda, água, luz, gás e comunicações, mas 79% declara que sente dificuldades para esticar o rendimento até ao final do mês.

Apenas um em cada três ucranianos encontrou um emprego remunerado. A maioria são mulheres. Muitos continuam a trabalhar nos empregos anteriores.

Muitos dos que não têm emprego, são cuidadores, mas a principal razão para não ter trabalho é o desconhecimento da língua oficial do país onde vivem. Dois terços não falam a língua do país de acolhimento e quase a mesma percentagem de ucranianos não teve aulas.

A Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia sublinha a importância de tomar medidas para favorecer o regresso seguro, gradual e progressivo das pessoas deslocadas à Ucrânia. Um repatriamento que deverá ocorrer em massa quando terminar o conflito.

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