Análise: Rússia usa Bakhmut para desgastar Grupo Wagner

Líder do Grupo Wagner
Líder do Grupo Wagner Direitos de autor Prigozhin Press Service via AP, File
De  Oleksandra Vakulinaeuronews
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O conflito entre o Ministério da Defesa da Rússia e o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, atingiu provavelmente o seu clímax, tendo como pano de fundo a batalha de Bakhmut, diz o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), citado pela jornalista Sasha Vakulina, na sua análise sobre a guerra.

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O conflito entre o Ministério da Defesa da Rússia e o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, atingiu provavelmente o seu clímax, tendo como pano de fundo a batalha de Bakhmut, diz o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) na sua análise sobre a guerra na Ucrânia.

O Ministério da Defesa russo está provavelmente a aproveitar a oportunidade para desgastar deliberadamente o Grupo Wagner em Bakhmut num esforço para enfraquecer Prigozhin e inviabilizar as suas ambições de uma maior influência no Kremlin.

Prigozhin tinha conseguido aumentar as suas forças com 40 mil presidiários, provavelmente com a permissão do Kremlin para os recrutar nas prisões em 2022, mas perdeu essa permissão e o acesso a essa reserva no início de 2023.

O Ministério da Defesa do Reino Unido acrescenta que cerca de metade dos prisioneiros que o Grupo Wagner já mandou para a Ucrânia tornaram-se provavelmente vítimas. Se a proibição persistir, Prigozhin será provavelmente forçado a reduzir a escala ou a intensidade das operações do grupo na Ucrânia.

Ele já ameaçou retirar as forças de Bakhmut e insinuou que o Ministério da Defesa russo usou o Grupo Wagner para suportar o peso da guerra urbana de alta intensidade para conquistar Bakhmut, a fim de preservar as forças convencionais russas.

As forças russas continuaram as suas operações ofensivas perto de Bakhmut, mas não completaram um movimento de viragem, um envelope ou um cerco ao redor da cidade.

As forças do Grupo Wagner estão provavelmente a ficar cada vez mais presas em áreas urbanas, como o complexo industrial AZOM, e estão a encontrar dificuldades para fazer avanços significativos.

O ISW diz que Putin permitiu que o Ministério da Defesa russo retomasse o controlo da operação em direção a Bakhmut de Prigozhin, em janeiro, quando as forças de Wagner não conseguiram a vitória prometida sobre Bakhmut até ao final de 2022.

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