Paralisação foi classificada como uma das mais importantes das últimas décadas
Terminais de comboios vazios, aeroportos desertos, autocarros parados e passageiros à beira de um ataque de nervos.
Esta segunda-feira, o silêncio sentiu-se em várias partes da Alemanha, mas a greve nacional de 24 horas, dos trabalhadores do setor transportes, está a gerar muito ruído.
Os trabalhadores reclamam aumentos salariais.
"Estamos em greve por um aumento salarial de 10%, 10,5%, de, pelo menos, 500 euros. A taxa de inflação na Alemanha está muito alta agora e também foi muito alta no ano passado. Os nossos colegas precisam de dinheiro para sobreviver”, sublinhou Philipp Schumann, representante do sindicato Verdi, em Hesse.
Milhões de pessoas estão a ser afetadas pela greve. Muitos decidiram fazer-se à estrada e os engarrafamentos acumularam-se.
Quem conseguiu, trabalhou a partir de casa.
“Por um lado, a greve está a afetar o meu conforto, mas por outro lado não tenho realmente a certeza do que se está a passar com os salários dos empregados. Penso têm o direito de fazer coisas assim”, disse Becker MacHayer, que trabalha no setor das tecnologias da informação.
Enquanto isso, a terceira ronda de negociações coletivas aconteceu em Potsdam. Os governos federal e municipal estão a oferecer um aumento salarial de 5%, mas os sindicatos Verdi e o sindicato ferroviário e de transportes EVG tentam pressionar com a greve.
Os sindicatos e os patrões estarão em negociações ao longo dos próximos três dias. À falta de um acordo a paralisação pode prolongar-se.