Fogo cruzado entre Israel e Gaza

Os morteiros lançados a partir de território palestiniano terão sido neutralizados pela defesa israelita
Os morteiros lançados a partir de território palestiniano terão sido neutralizados pela defesa israelita Direitos de autor Hatem Moussa/AP
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De  Teresa Bizarro com AFP
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Comunidade internacional alerta para o perigo da situação ficar fora de controlo

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Mais de 100 morteiros foram disparados contra Israel esta quarta-feira. Ataques em resposta aos bombardeamentos da véspera, que causaram pelo menos 15 mortos, incluindo três dirigentes da Jihad Islâmica Palestiniana e uma dezena de civis.

As sirenes de alarme soaram cedo nas cidades israelitas próximas da Faixa de Gaza. Muitos dos rockets foram intercetados pela chamada cúpula de ferro - a defesa antiaérea israelita. Não há notícia de feridos ou danos materiais.

Horas antes, os aviões israelitas tinham voltado a atacar alvos em Gaza, elevando para 19 o número de vítimas em menos de 48 horas. De acordo com as autoridades de Telavive, estes ataques aéreos tinham como alvo as posições de lança-rockets.

A tensão mantém-se também na Cisjordânia. O exército israelita divulgou imagens de um ataque noturno no norte do território contra o que diz serem milicias palestinianas. Dois jovens palestinianos foram mortos e um outro ficou ferido.

A Jihad Islâmica, que tem uma forte presença em Gaza, mas também no norte da Cisjordânia, reduto das facções armadas palestinianas, prometeu esta quarta-feira ao "inimigo" israelita que "haverá uma resposta à altura dos crimes contra o nosso povo e os nossos combatentes".

As autoridades de segurança israelitas estão a preparar-se "para qualquer cenário de escalada, em mais do que uma frente", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na terça-feira.

Estes acontecimentos surgem na sequência de novos actos de violência ocorridos na semana passada, desencadeados pela morte, numa prisão israelita, de um líder da Jihad Islâmica que se encontrava em greve de fome.

Após tiroteios entre grupos armados em Gaza e em Israel, foi anunciada uma trégua, resultante, nomeadamente, da mediação egípcia.

Situação "incontrolável"

Reagindo aos novos ataques israelitas, a diplomacia egípcia denunciou terça-feira "agressões" que "podem tornar incontrolável a situação nos territórios palestinianos ocupados".

Os Estados Unidos apelaram "a todas as partes para que acalmem os ânimos" e o enviado da ONU para o Médio Oriente, Tor Wennesland, considerou "inaceitável" a morte de civis na Faixa de Gaza, que está sob bloqueio israelita desde que o Hamas islamita assumiu o controlo em 2007.

Desde o início do ano, pelo menos 125 palestinianos, 19 israelitas, um ucraniano e um italiano foram mortos em actos de violência relacionados com o conflito israelo-palestiniano, de acordo com uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais israelitas e palestinianas.

Estas estatísticas incluem, do lado palestiniano, combatentes e civis, incluindo menores, e do lado israelita, sobretudo civis, incluindo menores, e três membros da minoria árabe.

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