Greve dos professores na Roménia obriga a adiamento de exames finais do secundário. Docentes dizem que não confiam do governo e reclamam melhores salários e condições de trabalho.
Os professores voltaram a sair à rua na Roménia, no meio de protestos que obrigaram ao adiamento dos exames finais do ensino secundário. As greves por causa dos salários e das condições de trabalho continuam há mais de três semanas, apesar de um último esforço de compromisso por parte do governo.
"Na televisão é só conversa, promessas e nada de concreto. Estamos também à espera de uma recompensa financeira pelos esforços que fazemos, porque os nossos estudos baseiam-se em anos de empenhamento no nosso desenvolvimento," afirma uma professora.
"Os nossos colegas estão revoltados não só por causa do salário, mas também por causa da falta de confiança no governo. Neste país, a lei não é respeitada, já nada é respeitado," considera uma outra docente.
Com a aproximação dos exames, a coligação governamental adotou um memorando que garante aumentos salariais para o pessoal da educação ao longo do tempo.
"Estou convencido de que os professores compreendem o apelo à razão e à confiança que estou a fazer a partir da mesa do Governo para pôr fim a esta greve. Trata-se de responsabilidades políticas. Decidimos também com o Sr. Marcel Ciolacu assinar um compromisso político precisamente para dar essas garantias," declarou o primeiro-ministro romeno, Nicolae Ciuca.
Mas os professores continuam a não estar convencidos, dizem que o compromisso não é juridicamente vinculativo.
As provas finais do ensino secundário, que deveriam ter lugar na segunda-feira, foram adiadas para 14 de Junho