Greve nacional na Bélgica trouxe 20 mil para as ruas

As ruas do centro de Bruxelas encheram-se sobretudo com as cores verde e vernelho, dos vários sindciatos aderentes à manifestação e greve
As ruas do centro de Bruxelas encheram-se sobretudo com as cores verde e vernelho, dos vários sindciatos aderentes à manifestação e greve Direitos de autor Sylvain Plazy/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
De  Isabel Marques da SilvaMaria Psara
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Os sindicatos acusam o governo de permitir que as condições de trabalho sejam cada vez piores e de limitar o direito à greve.

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Cerca de 20 mil pessoas participaram na manifetação em Bruxelas, segunda-feira, associada à greve nacional na Bélgica.

Um dos moticos prende-se com nova legislação para punir atos violentos durante greves, incluindo o bloqueios de acesso aos edifícios, levando alguns manifgestantes a mascararem-se de prisioneiros.

"É o que pode acontecer se não nos apressarmos a bloquear as leis que estão a ser postas em prática. Hoje, o facto de nos manifestarmos, de negociarmos, é reprimido pela lei e, por isso quisemos mostrar que, se não fizermos nada, amanhã quando nos manifestarmos vamos todos para a cadeia", disse Philippe Barbion, do sindicato FGTB Charleroi.

O governo resolveu intervir depois de proprietários de uma cadeia de supermercados terem recorrido aos tribunais para obrigar os grevistas a levantar bloqueios que impediamo o acesso às lojas,

A greve nessa empresa começou porque a administração alterou a forma de gestão das lojas, reduzindo os direitos e remunerações. Os sindicatos acusam o governo de diminuir os direitos dos piquetes de greve.

"Manifestar e bloquear uma empresa como parte de um descontentamento  é totalmente diferente de causar destruição", disse Olivier Lecomte, sindicalista no CGSLB.

"Não estamos aqui para vandalizar, estamos aqui para exigir os nossos direitos. Não é a mesma coisa. Não se deve misturar tudo", disse a assistente social Corinne Sachot, uma das manifestantes.

Quanto às críticas às condições de trabalho, os sindicatos pedem ao governo que intervenha para travar práticas como a imposição de novos contratos com menos regalias e salários mais baixos , que apelidam de "dumping social".

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