Prigozhin: um aliado de Putin transformado em traidor?

Yevgeny Prigozhin foi sempre um aliado próximo de Vladimir Putin.
Yevgeny Prigozhin foi sempre um aliado próximo de Vladimir Putin. Direitos de autor Sergei Ilnitsky/AP
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Líder do grupo paramilitar Wagner nega traição e assegura que os seus homens não se renderão na rebelião contra Moscovo. Vladimir Putin fala em “facada nas costas"

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Yevgeny Prigozhin, o chefe do grupo paramilitar Wagner, diz que tomou o controlo do quartel-general do exército russo em Rostov, sem disparar um único tiro.

Mas quem é, afinal, este homem, que nega ser traidor?

Conhecido como "chef" do presidente russo, Vladimir Putin, esteve preso, durante nove anos, montou uma rede ambulante de venda de cachorros quentes em São Petersburgo e acabou por ter sucesso.

Na década de 90, acabou por criar uma empresa de restauração, incluindo o restaurante “New Island”, que se tornou conhecido no seio da elite moscovita.

Foi através desta atividade que viria a cruzar-se com Putin, já no final da década de 90.

Prestou serviços de catering a altos funcionários do Governo e desenvolveu uma ligação próxima com o presidente russo. Acabou por ficar conhecido como o “chef do Kremlin.”

A cozinha fez dele um homem rico. Tornou-se um oligarca ao ganhar contratos de refeições lucrativos, mas, mais tarde, deixou de lado os tachos para se transformar em combatente de guerra no rescaldo dos movimentos separatistas apoiados pela Rússia em 2014, na região do Donbass, no leste da Ucrânia.

Prigozhin anda nas bocas do mundo desde que fundou o grupo paramilitares Wagner, um grupo de mercenários para lutar no leste da Ucrânia e estar ao serviço da Rússia no fosse preciso.

Avançou ao lado da Rússia na ofensiva contra a Ucrânia e o controlo de Bakhmut fez dele um herói para o povo russo.

Da boca de muitos russos, hoje, provavelmente só sairá a palavra traidor.

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