Instituto para o Estudo da Guerra considera que o ritmo lento das operações ucranianas não é indicativo de um impasse nem prova de que a Ucrânia não possa retomar grandes áreas.
Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), as forças ucranianas parecem estar a concentrar-se na criação de um declive de atrito assimétrico que conserva os efetivos ucranianos à custa de uma taxa mais lenta de ganhos territoriais, ao mesmo tempo que desgasta gradualmente os efetivos e o equipamento russo.
O grupo de reflexão sediado nos Estados Unidos afirma que o ritmo atual das operações ucranianas não é indicativo de um impasse nem prova de que a Ucrânia não possa retomar grandes áreas.
As forças ucranianas libertaram território em várias zonas da frente desde o início da contraofensiva, no princípio de junho. A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, informou que as forças ucranianas libertaram um total de 37,4 quilómetros quadrados no leste e no sul da Ucrânia na última semana.
O ISW recorda as imagens geolocalizadas de 5 de julho que mostram que as forças ucranianas avançaram para sudoeste de Berkhivka (6 km a noroeste de Bakhmut), para oeste de Yahidne (2 km a norte de Bakhmut) e para sudoeste de Bakhmut.
Os milbloggers russos - bloggers especialistas em assuntos militares - informaram que as forças ucranianas libertaram uma importante colina perto de Klishchiivka (7 km a sudoeste de Bakhmut), mas não libertaram a povoação propriamente dita.
Alguns milbloggers afirmaram que a povoação de Klishchiivka, que ainda está sob controlo russo, não é tão importante como as colinas dentro e à volta da povoação.
Para o ISW, a atual contraofensiva ucraniana é menos dramática e rápida do que a que libertou grande parte da região de Kharkiv, mais mais bem-sucedida do que a fracassada ofensiva russa de inverno e, de um modo geral, mais parecida com a contraofensiva de Kherson.