Secretário-geral da ONU diz-se "preocupado com a ameaça que a guerra representa, cada vez mais, para a cultura e o património da Ucrânia."
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou o ataque russo contra a cidade portuária de Odessa, no sul da Ucrânia.
1 pessoa morreu, 22 ficaram feridas, e o ataque danificou dezenas de monumentos importantes, alguns considerados Património Mundial da UNESCO, como é o caso da Catedral da Transfiguração, fundada em 1794 e restaurada em 2007.
Em comunicado, Guterres sublinhou que além do "terrível número de vidas civis" que a guerra está a ceifar, este "é outro ataque numa área protegida pela Convenção do Património Mundial, em violação da Convenção de Haia de 1954 para a Proteção dos Bens Culturais em Caso de Conflito Armado."
Kiev acusou Moscovo de "destruir" a catedral como parte de uma campanha para prejudicar "sistematicamente" a Igreja Ortodoxa no país.
O ministério ucraniano dos Negócios Estrangeiros insistiu mesmo que se trata de um "crime de guerra que nunca será esquecido ou perdoado."
O ataque também destruiu infraestruturas e áreas residenciais.
Moscovo intensificou a ofensiva a Odessa desde que a Rússia suspendeu a participação no acordo sobre exportação de cereais.
Na rede social Twitter, o presidente Volodymyr Zelenskyy disse que a Ucrânia precisa "de um escudo aéreo completo". Insistiu que "esta é a única maneira de derrotar o terror dos mísseis russos” e que são precisos “mais sistemas de defesa aérea para todo o território.”
O ministério da Defesa da Rússia negou, por outro lado, que o alvo dos ataques em Odessa fosse a Catedral Ortodoxa e sugeriu que é mais provável que tenha sido um míssil antiaéreo ucraniano a causar os estragos.