Rússia diz ter abatido drones ucranianos em Moscovo e arredores, Kiev acusa os russos de ataque a infraestruturas de cereais
O governador da região de Belgorod acusa Kiev de, num ataque com drones, ter matado três pessoas.
A defesa aérea russa tinha anunciado que abateu três drones ucranianos em Moscovo e nos arredores, no sexto dia consecutivo de ataques.
O ministério da Defesa russo, no Telegram, acusava Kiev de estar por trás do ataque, afirmando que um drone "foi neutralizado através da guerra eletrónica e, tendo perdido o controlo, colidiu com um edifício em construção, num complexo da cidade de Moscovo". Não houve vítimas, adiantava a mesma fonte.
De acordo com o presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, várias janelas de dois edifícios de cinco andares foram danificadas e os serviços de emergência estavam a inspecionar o local onde se deu o despenhamento.
A agência noticiosa russa RIA Novosti tinha noticiado que se tinha ouvido uma "explosão" no bairro comercial da cidade de Moscovo, a oeste da capital russa, a cerca de cinco quilómetros do Kremlin.
Este alegado ataque aconteceu horas depois de três pessoas terem morrido e duas ficado feridas em bombardeamentos russos em duas aldeias perto de Lyman, no leste da Ucrânia, de acordo com o chefe da administração militar local.
Drones russos danificam infraestruturas em Odessa
Do outro lado, um ataque com drones russos, durante a noite, danificou infraestruturas ucranianas de cereais na região sul de Odessa. Informação avançada pelo governador local, Oleg Kiper, na manhã desta quarta-feira. Oleg Kiper adiantava, no Telegram, que não há vítimas civis.
As Forças de Defesa do Sul da Ucrânia informavam, no Telegram, que o exército destruiu nove drones "Shahed-136/131" na costa leste do Mar de Azov. Já Kiev utilizou drones para atingir a frota russa, um petroleiro e as pontes que conduzem à Crimeia, que anexou em 2014.
A Rússia intensificou os bombardeamentos contra as infraestruturas portuárias ucraniana desde que se retirou, em julho, do acordo sobre cereais, que permitia à Ucrânia exportar os que o país produz, apesar do conflito.