Na Grécia e na Espanha, há grupos de voluntários que cuidam e resgatam animais enquanto os fogos avançam.
A par da trágica perda de vidas humanas nos incêndios que atingem o sul da Europa, há um número muito maior de vítimas, mas que dificilmente é notícia na comunicação social: os animais domésticos e selvagens que são apanhados pelas chamadas.
Um grupo de animais de estimação, num bairro a noroeste de Atenas, foi resgatado por voluntários. Há cães, gatos e até tartarugas. Muitos ficaram para trás enquanto os donos eram retirados ou fugiam das chamas. A maioria destes animais estaria morta sem a ajuda humana.
Em Tenerife, Espanha, foram criados abrigos para animais afetados pelas evacuações. Proprietários e animais de estimação partilham um espaço especialmente adaptado às suas necessidades.
"Aqui não lhe falta nada, graças a Deus, porque saímos com o pouco que tínhamos," explica a dona de um cão.
Mas ficar preso ao "melhor amigo do homem" o dia todo pode ser exaustivo. Os voluntários sabem disso e ajudam como podem.
"Quando os donos dos cães precisam sair, tomar um pouco de ar, e não estão aqui, nós levamos os cães para passear. E eles desligam-se de ficarem trancados aqui 24 horas por dia," exlica um voluntário.
Felizmente, estes animais de estimação tiveram sorte. Todos os anos, os incêndios florestais ceifam milhões de vidas de animais em todo o mundo, muitos deles espécies ameaçadas de extinção.