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Profissionais do setor da saúde fazem greve em Itália

Profissionais do setor da saúde fazem greve em Itália
Profissionais do setor da saúde fazem greve em Itália Direitos de autor  Yuri Kochetkov/AP
Direitos de autor Yuri Kochetkov/AP
De euronews
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Manifestação juntou centenas de pessoas em Roma para exigir melhores condições de trabalho

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Centenas de médicos e enfermeiros reuniram-se no centro de Roma, na terça-feira, para  protestar contra as recentes medidas que afetam o setor da saúde pública em Itália.

Querem que o governo melhore os contratos de trabalho, opõem-se às propostas de cortes nas pensões e gostariam, acima de tudo, que a profissão se tornasse mais atrativa para os jovens, para colmatar a falta de profissionais de saúde em todo o país.

O sistema de saúde italiano foi recentemente classificado como um dos melhores do mundo e é um dos principais ativos do país. É por isso que muitos médicos se interrogam sobre o que aconteceu, especialmente depois da Covid-19 e depois de o país ter estado na linha da frente na luta contra o vírus".

O sindicalista Pierino di Silverio explica que o objetivo é "recuperar a dignidade social e profissional que nos foi gradualmente retirada. Exigimos simplesmente que as medidas que fazem parte da lei orçamental de 2024 cuidem de nós e de um setor que não está a ser gerido como deveria".

Já o médico Sherkat Shahram diz que "até hoje, o sistema de saúde italiano tem sido capaz de fornecer acesso universal gratuito à cobertura de saúde a qualquer pessoa necessitada, mas agora está simplesmente a entrar em colapso. Quando as emergências acabam, põem-nos de lado e, além disso, estamos a ser penalizados".

Muitos acreditam que ser médico é uma vocação e não apenas um emprego. Afirmam que se o serviço for mau, os doentes acabam por pagar o preço.

A sindicalista Cristina Cenci lembra que "os doentes são o centro dos nossos tratamentos e sempre que optamos por não os deixar morrer temos de obter ajuda para o fazer. Isto porque os tratamentos de má qualidade ou que são mal conduzidos levam-nos a cometer erros. Não queremos cometer erros".

Os organizadores não estavam à espera de um nível de participação tão elevado. Cerca de 80% dos profissionais de saúde de cada região italiana aderiram à greve de terça-feira. Uma segunda greve já está planeada para o final do mês.

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