EventsEventos
Loader

Find Us

FlipboardLinkedin
Apple storeGoogle Play store
PUBLICIDADE

Polícia retira manifestantes pró-Palestina da universidade de Paris

Os alunos reúnem-se no monumento do Panteão sexta-feira, 3 de maio de 2024, em Paris.
Os alunos reúnem-se no monumento do Panteão sexta-feira, 3 de maio de 2024, em Paris. Direitos de autor Christophe Ena/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Christophe Ena/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De  Euronews com AP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied
Artigo publicado originalmente em inglês

Manifestações semelhantes contra a guerra de Israel em Gaza ocorreram em vários campus universitários nos EUA.

PUBLICIDADE

A polícia francesa retirou pacificamente dezenas de estudantes da prestigiada universidade Sciences Po, em Paris, na sexta-feira.

A manifestação foi de apoio à Palestina e contra as relações da Universidade de Sorbonne com Israel e surgiu depois da polícia ter anulado protestos estudantis pró-palestinianos em campus universitários de toda a França na quinta-feira, de acordo com o gabinete do primeiro-ministro.

Estudantes do campus central da Sciences Po, em Paris, hastearam bandeiras palestinianas e entoaram palavras de ordem em apoio ao povo de Gaza, enquanto Israel continua a sua ofensiva militar contra o Hamas.

O edifício principal da Sciences Po — instituição onde o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro Gabriel Attal estudaram, entre muitos outros ex-alunos conhecidos — esteve acantonado desde quinta-feira, forçando a administração da universidade a passar as aulas para online.

Students shout during a protest outside the Pantheon monument Friday, May 3, 2024 in Paris.
Students shout during a protest outside the Pantheon monument Friday, May 3, 2024 in Paris.Christophe Ena/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.

Os estudantes também realizaram protestos nas universidades de Lille, no norte, Reims, e Lyon, no sudeste.

A polícia foi mandada retirar os estudantes de 23 campus franceses na quinta-feira e “todos foram evacuados dentro de poucas horas”, disse o gabinete do primeiro-ministro Gabriel Attal.

Uma forte presença policial será mantida perto do instituto Sciences Po, da Universidade de Sorbonne, em Paris, para evitar novos bloqueios às aulas, acrescentou o mesmo gabinete em comunicado.

Os manifestantes pediram uma comissão de investigação para examinar as relações económicas da universidade com Israel para garantir que não estão a violar o direito internacional, entre outras exigências.

A Sciences Po disse que o administrador Jean Bassères reuniu-se durante a noite e sexta-feira de manhã com os alunos que ocupavam o local para tentar encontrar uma solução que permitisse a realização de exames.

Bassères pediu à polícia para intervir, depois de não ter conseguido chegar a um acordo, descrevendo a decisão como “difícil” de tomar. A escola, disse, “lamenta que múltiplos esforços de diálogo não tenham permitido que isso seja evitado”.

Na semana passada, manifestantes pró-palestinianos e pró-israelitas enfrentaram-se na rua, em frente à Sciences Po. A polícia de choque teve de intervir para separar os grupos.

O protesto terminou este sábado, pacificamente, depois dos estudantes pró-Palestinianos terem concordado em abandonar as instalações.

A universidade concordou ainda suspender qualquer processo disciplinar contra os estudantes que protestaram e organizar uma comissão para debater o assunto.

Mais estudantes europeus juntam-se ao protesto: universidades de Lausanne e Dublin ocupadas

As manifestações de estudantes pró-palestinianos estão a espalhar-se pela Europa. Várias dezenas de estudantes passaram a noite em Géopolis, o edifício da Faculdade de Ciências Políticas e Sociais de Lausanne, na Suíça.

A situação é pacífica, mas as acusações são ferozes: os estudantes afirmam que a Universidade de Lausanne se tornou cúmplice de Israel nesta guerra através da sua cooperação científica.

“Estamos aqui para exigir o fim da cooperação científica com o Estado israelita”, disse um estudante à televisão suíça. 

No Trinity College de Dublin, os estudantes acamparam nos terrenos do campus na sexta-feira à noite. A manifestação surge depois de as autoridades universitárias terem multado a associação de estudantes em 214.000 euros devido às perturbações causadas pelos protestos pró-palestinianos dos últimos dias.

Cerimónias de graduação nos EUA bloqueadas

Mais de 2.100 pessoas foram detidas nos campus universitários dos EUA após a eclosão de protestos contra a guerra na Faixa de Gaza.

PUBLICIDADE

Este fim de semana realizam-se cerimónias de graduação em colégios e universidades e muitas instituições estão a considerar a possibilidade de suspender ou adiar os eventos programados.

Na sexta-feira, manifestantes no Michigan interromperam a cerimónia de graduação da Escola de Música, Teatro e Dança da Universidade do Michigan.

No mesmo dia, o presidente da Universidade de Vermont anunciou que Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, já não fará o seu discurso de formatura. Alguns manifestantes do campus apelaram à universidade para que revogue o convite de Thomas-Greenfield.

A Universidade do Sul da Califórnia cancelou a sua principal cerimónia de formatura na semana passada e planeia agora realizar um evento mais pequeno para as famílias dos formandos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Autoridades dispersam protestos na Universidade de Columbia e fazem várias detenções

Estudantes ocupam campus universitário de Paris em manifestação pró-Palestina

Polícia francesa mata homem que tentava incendiar sinagoga em Rouen