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Novo ataque em Rafah faz 37 mortos. Casa Branca diz que Israel ainda não passou linhas vermelhas

Novos ataques israelitas em Rafah fazem pelo menos 37 mortos
Novos ataques israelitas em Rafah fazem pelo menos 37 mortos Direitos de autor Jehad Alshrafi/AP
Direitos de autor Jehad Alshrafi/AP
De  Euronews
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Bombardeamentos voltaram a atingir a área onde houve um incêndio na madrugada de segunda-feira, que fez dezenas de vítimas mortais. Casa Branca afirmou que Israel não ultrapassou as “linhas vermelhas” dos Estados Unidos.

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Um novo ataque israelita, na terça-feira, matou pelo menos 37 pessoas nos arredores da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Os bombardeamentos atingiram a mesma área do incêndio que fez dezenas de mortos num campo de palestinianos deslocados, na madrugada de segunda-feira, na sequência de um ataque israelita

As forças israelitas  afirmam que precisam de entrar em Rafah para desmantelar o Hamas e devolver os reféns capturados no ataque de 7 de outubro, que desencadeou a guerra.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, o ataque israelita em Rafah na madrugada de segunda-feira fez pelo menos 50 mortos, na sua maioria mulheres e crianças, e dezenas de feridos.

A Casa Branca condenou, na terça-feira, a morte de dezenas de civis na sequência dos ataques israelitas em Rafah, mas salientou que estes ataques não constituem uma grande operação terrestre que ultrapasse as linhas vermelhas dos EUA.

“Tudo o que podemos constatar é que eles não estão a avançar para uma grande operação terrestre em centros populacionais no centro de Rafah”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, citado pela AP.

Kirby referiu ainda que os EUA estão a monitorizar os resultados de uma investigação israelita sobre o ataque, que sugere que as mortes civis resultaram de uma explosão secundária após um ataque bem sucedido a dois operacionais do Hamas. Questionado sobre se o ataque resultaria em alguma mudança na política dos EUA, Kirby, citado pela AP, afirmou: “Não tenho nenhuma mudança política para mencionar”.

Os recentes ataques em Rafah colocaram à prova a promessa de Joe Biden de não fornecer armas a Israel, caso o aliado dos EUA fizesse uma invasão de grandes proporções em Rafah que pusesse em risco as pessoas deslocadas.

Macron anuncia estar pronto para reconhecer o Estado palestiniano

Já o presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou na terça-feira que está pronto para reconhecer o Estado palestiniano, mas que isto tem de acontecer num “momento útil”.

“Penso que este reconhecimento deve ser feito num momento útil, ou seja, num momento que se insere num processo em que os Estados da região e Israel se comprometeram e que pode produzir um resultado útil, também com base numa reforma da Autoridade Palestiniana. Não vou fazer um reconhecimento emocional”, disse Emmanuel Macron, citado pela AP.

Macron apelou ainda ao fim das operações em Rafah, descrevendo a situação vivida na cidade do sul da Faixa de Gaza como “horrível”.

Quase um milhão de pessoas conseguiu fugir de Rafah, desde a incursão terrestre lançada contra a cidade no início de maio. A mairia destas pessoas eram palestinianos deslocados que tinham procurado abrigo na cidade do sul da Faixa de Gaza por ser considerada “segura”.

Na sexta-feira, o Tribunal Internal de Justiça apelou a Israel que pusesse fim à ofensiva militar em Rafah, uma ordem que não tem poder para impor.

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