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Instrutores franceses na Ucrânia são "alvo legítimo" da Rússia, diz Lavrov

Paris e Kiev estão a discutir o envio de instrutores militares para a Ucrânia
Paris e Kiev estão a discutir o envio de instrutores militares para a Ucrânia Direitos de autor AP/AP
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De  Ricardo Figueira
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O chefe da diplomacia russa não exclui ataques contra os instrutores militares que Paris planeia enviar para a Ucrânia, disse num périplo por vários países africanos próximos de França.

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A Rússia não exclui a possibilidade de atacar os instrutores franceses na Ucrânia, cujo envio está atualmente a ser discutido entre Paris e Kiev.

O presidente Emmanuel Macron deseja enviar estes instrutores para o terreno, no seguimento de um programa de formação militar começado há dois anos, e procura formar uma coligação internacional. O plano de Macron consiste no envio de, numa primeira fase, algumas dezenas de instrutores militares e, numa segunda fase, algumas centenas. Estes instrutores devem apenas dar formação e não participar em missões de combate.

Entre as áreas em que os militares franceses vão dar formação aos ucranianos, estão a desminagem, a manutenção, a luta contra as ameaças químicas e atómicas, ou ainda a formação de uma brigada motorizada.

O chefe de Estado francês disse várias vezes que não exclui o envio de militares para missões de combate na Ucrânia, declarações que suscitaram vivas críticas de alguns pares europeus.

Os instrutores franceses são “alvos legítimos” para Moscovo, ameaçou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros durante uma visita à República do Congo.

"Quer sejam membros das forças armadas francesas ou simplesmente mercenários, representam um alvo absolutamente legítimo para as nossas forças armadas", disse Serguei Lavrov.

Lavrov está a visitar a Guiné Conacri, o Congo Brazzaville e o Chade, três países africanos próximos de França. O chefe da diplomacia russa visitou várias vezes o continente africano nos últimos dois anos.

A Rússia procura o apoio - ou pelo menos a neutralidade - de muitos dos 54 países de África no contexto da invasão em grande escala da Ucrânia por Moscovo.

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