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Ataque a Beirute: governo libanês acusa Israel de prejudicar a paz no Médio Oriente

Edifício danificado que foi atingido por um ataque aéreo israelita nos subúrbios do sul de Beirute, no Líbano
Edifício danificado que foi atingido por um ataque aéreo israelita nos subúrbios do sul de Beirute, no Líbano Direitos de autor Hussein Malla/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Hussein Malla/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De  Euronews
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Ministro da Informação interino do Líbano fala em "ataque às iniciativas de boa vontade, aos esforços de pacificação e aos entendimentos.". Em Haifa, no norte de Israel, residentes temem retaliação do Hezbollah.

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O governo do Libano reuniu-se um dia depois de Israel ter lançado um ataque letal contra Beirute, com um porta-voz do executivo libanês a avisar que o ataque prejudica a paz no Médio Oriente.

As autoridades militares israelitas afirmam que a ofensiva matou um comandante de topo do Hezbollah, alegadamente responsável por um ataque mortal com rockets nos Montes Golã, controlados por Israel.

A informação foi confirmada pelo Hezbollah, ao fim da tarde de quarta-feira, que declarou a morte de um comandante de topo, um dia depois dos ataques israelitas a sul de Beirute.

Ziad Makari, Ministro da Informação interino do Líbano:

“O bombardeamento dos subúrbios do sul de Beirute é um ataque às iniciativas de boa vontade, aos esforços de pacificação para a calma e aos entendimentos.", declarou Ziad Makari, ministro da Informação interino do Líbano.

"Continuaremos a trabalhar para salvar o nosso país e proteger a nossa sociedade de qualquer perigo, afirmando que o Líbano não procura a guerra, mas sim a preservação da dignidade do seu povo e da sua soberania sobre a terra, o mar e o ar, sem comprometer os seus direitos.”, acrescentou Makari.

"O inimigo israelita cometeu uma grande estupidez em termos de dimensão, momento e circunstâncias ao atingir uma zona inteiramente civil”, disse Ali Ammar, funcionário do Hezbollah, à televisão Al-Manar.

“O inimigo israelita pagará um preço por este ato, mais cedo ou mais tarde”, atirou.

O ataque atingiu um apartamento no sul de Beirute, matando quatro pessoas e ferindo 80, segundo o Ministério da Saúde do Líbano.

“Por volta das 7h45, houve um ataque, não de um avião. Era um foguete de um drone. Foi o primeiro ataque. E 10 segundos depois, veio o segundo ataque. E a área ficou cheia de gente. Como podem ver, esta é uma zona cheia de residentes”, salienta Abbas Alaa Eddine, residente local.

Receio no norte de Israel

Os residentes de Haifa, no norte de Israel, estão preocupados com a potencial retaliação do Hezbollah e a possibilidade de o ataque israelita precipitar um conflito mais alargado.

“As pessoas estavam basicamente à espera, durante todo o ano passado, do início de uma guerra muito maior. E talvez esta seja a deixa para que ela comece”, diz Shimon Sabayev, residente em Haifa.

Israel e o Líbano têm trocado ataques quase diários nos últimos 10 meses, tendo como pano de fundo a guerra em Gaza.

O Ministério da Saúde do Líbano informou que o ataque de terça-feira num subúrbio do sul de Beirute feriu 74 pessoas, algumas delas gravemente. Os feridos foram levados para hospitais próximos.

O Hospital Bahman, perto do local da explosão, apelou à doação de sangue.

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Reação de Netanyahu

O primeiro-ministro israelita falou à nação ao final da tarde de quarta-feira, num comunicado transmitido pela televisão, onde afirmou que Israel enfrenta “tempos difíceis."

“Cidadãos de Israel, temos pela frente dias difíceis. Desde o ataque a Beirute, há ameaças que soam de todas as direções. Estamos preparados para qualquer cenário e manter-nos-emos unidos e determinados contra qualquer ameaça. Israel cobrará um preço elevado por qualquer agressão contra nós, venha ela de onde vier”, prometeu o líder israelita.

Netanyahu acrescentou também que Israel aplicou golpes profundos contra os representantes do Irão nos últimos dias, incluindo o Hamas e o Hezbollah, contudo nunca mencionou o assassínio de Haniyeh, que suscitou ameaças de retaliação e está a gerar vários protestos.

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