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Militares israelitas raptam um alegado oficial das operações navais do Hezbollah

Um edifício, à esquerda, em Batroun, onde as autoridades libanesas dizem que um capitão de navio foi levado por um grupo de homens armados, 2 de novembro de 2024
Um edifício, à esquerda, em Batroun, onde as autoridades libanesas dizem que um capitão de navio foi levado por um grupo de homens armados, 2 de novembro de 2024 Direitos de autor  Hussein Malla/Copyright 2024 The AP. All right reserved
Direitos de autor Hussein Malla/Copyright 2024 The AP. All right reserved
De Euronews com AP
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Dois oficiais militares libaneses confirmaram que uma força naval desembarcou em Batroun, cerca de 30 quilómetros a norte da capital Beirute, e raptou um cidadão libanês.

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As forças navais israelitas capturaram um agente de topo do Hezbollah no norte do Líbano, numa altura em que o conflito entre o grupo apoiado pelo Irão e Israel mostrava poucos sinais de abrandamento.

Um oficial militar israelita afirmou em comunicado que as Forças de Defesa Israelitas (IDF, na sigla em inglês) capturaram um "agente de topo do Hezbollah" e levaram-no de volta para Israel para ser investigado pelos serviços secretos militares.

O meio de comunicação Axios citou fontes israelitas que afirmaram que o homem capturado se chama Imad Amhaz e é alegadamente responsável pelas operações navais do Hezbollah.

Dois oficiais militares libaneses confirmaram que uma força naval desembarcou em Batroun, cerca de 30 quilómetros a norte da capital Beirute, e raptou um cidadão libanês.

As câmaras de vigilância mostram o momento em que um homem foi detido pelas tropas israelitas no norte do Líbano, 2 de novembro de 2024
As câmaras de vigilância mostram o momento em que um homem foi detido pelas tropas israelitas no norte do Líbano, 2 de novembro de 2024 Screenshot from AP video 4530611

A operação marca a primeira vez que Israel anuncia o envio de tropas para o norte do Líbano para capturar um alto funcionário do Hezbollah desde a escalada do conflito entre as duas partes no final de setembro.

O Hezbollah emitiu um comunicado em que descreve o sucedido como uma "agressão sionista na zona de Batroun". A declaração não fornece pormenores nem confirma se um membro do Hezbollah foi capturado por Israel.

Pouco depois de Israel ter tornado pública a operação, o primeiro-ministro interino libanês, Najib Mikati, pediu ao ministro dos Negócios Estrangeiros do Líbano que apresentasse uma queixa contra Israel no Conselho de Segurança da ONU.

Os residentes libaneses do edifício de apartamentos onde o homem foi capturado disseram que o grupo armado se apresentou como segurança do Estado.

"Estávamos aterrorizados. Eles estavam a invadir o apartamento ao lado do nosso", disse Hussein Delbani.

"Pensei que uma agência estatal estava a fazer uma operação de segurança."

Kandice Ardiel, porta-voz da força de manutenção da paz da ONU destacada no Líbano, a FINUL, negou as alegações de alguns jornalistas locais que afirmaram que as forças de manutenção da paz ajudaram a força de desembarque israelita na operação.

"A desinformação e os falsos rumores são irresponsáveis e põem em risco as forças de manutenção da paz", afirmou Ardiel.

Fogo transfronteiriço

O Hezbollah e Israel têm trocado tiros quase diariamente desde o início da guerra em Gaza, em outubro do ano passado.

O Hezbollah é ideologicamente alinhado com o grupo militante Hamas, sediado em Gaza, e afirma que os seus ataques a Israel são uma forma de solidariedade com o povo palestiniano.

Os combates transfronteiriços, que se prolongam há um ano e que já deslocaram dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira, eclodiram numa guerra total no dia 1 de outubro, quando as forças israelitas lançaram uma invasão terrestre do sul do Líbano pela primeira vez desde 2006.

Estima-se que cerca de 15 000 soldados das IDF tenham sido destacados para o Líbano.

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