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Rebeldes do M23 obrigam mercenários romenos a retirar-se para o Ruanda

Os rebeldes do M23 escoltam mercenários romenos, passando pelas forças de manutenção da paz da ONU, até à fronteira com o Ruanda, em Goma, República Democrática do Congo, quarta-feira, 29 de janeiro de 2025.
Os rebeldes do M23 escoltam mercenários romenos, passando pelas forças de manutenção da paz da ONU, até à fronteira com o Ruanda, em Goma, República Democrática do Congo, quarta-feira, 29 de janeiro de 2025. Direitos de autor  Moses Sawasawa/Copyright 2021 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Moses Sawasawa/Copyright 2021 The AP. All rights reserved.
De Rory Elliott Armstrong com EBU
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Os soldados romenos foram contratados pela República Democrática do Congo para impedir o avanço dos rebeldes.

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Na quarta-feira, colunas de mercenários romenos contratados pelo Congo foram vistos a atravessar a fronteira com o Ruanda, numa altura em que os rebeldes do M23 reforçavam o seu controlo sobre a cidade congolesa de Goma.

Na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno divulgou um comunicado de imprensa confirmando que um grupo de romenos contratados pelo governo da República Democrática do Congo estava preso em Goma, na província de Kivu do Norte.

Mas na quarta-feira, os meios de comunicação locais afirmaram que cerca de 288 mercenários europeus, a maioria dos quais romenos, tinham atravessado para Rubavu.

Disseram também que os agentes de segurança privada foram contratados pela empresa do conhecido mercenário romeno Horațiu Potra. Depois de a cidade ter sido invadida pelos rebeldes do M23, no início da semana, estes terão sido escondidos em bases das Nações Unidas.

Há muito que os peritos da ONU afirmam que o grupo rebelde M23 é apoiado pelo Ruanda, uma alegação que este rejeita.

À medida que os rebeldes apoiados pelo Ruanda foram ganhando terreno nos últimos dois anos, a República Democrática do Congo recorreu a empresas militares privadas para tentar reforçar as suas defesas.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas exigiu que os rebeldes parassem a ofensiva e que as "forças externas" na região se retirassem imediatamente. As autoridades alertaram para o facto de as atividades de interferência dos rebeldes estarem a pôr em perigo a aviação civil e a dificultar a prestação de assistência humanitária ao Kivu do Norte.

A situação caótica tem as suas raízes num conflito étnico: o M23 afirma estar a defender a etnia tutsi que fugiu para a República Democrática do Congo após o genocídio de 1994, que matou cerca de 800 000 tutsis e outros. Os tutsis afirmam que estão a ser perseguidos pelos hutus e pelas antigas milícias responsáveis pelo genocídio, que também se deslocaram para o leste do Congo.

Mas os analistas dizem que a verdadeira luta é pelo controlo dos vastos depósitos minerais da República Democrática do Congo, estimados em 23 biliões de euros e fundamentais para grande parte da tecnologia mundial.

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