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Tribunal russo reduz pena de prisão ao soldado norte-americano Gordon Black

O Sargento do Exército dos EUA Gordon Black senta-se numa gaiola de vidro num tribunal em Vladivostok, 19 de junho de 2024
O Sargento do Exército dos EUA Gordon Black senta-se numa gaiola de vidro num tribunal em Vladivostok, 19 de junho de 2024 Direitos de autor  AP Photo
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De Kieran Guilbert & AP
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No ano passado, o sargento norte-americano Gordon Black foi condenado a três anos e nove meses de prisão por um tribunal de Vladivostok por roubo e ameaças de morte.

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Um tribunal russo reduziu a pena de prisão a um soldado norte-americano que foi condenado, no ano passado, por roubo e ameaças de morte, noticiaram os meios de comunicação social estatais esta segunda-feira. Trata-se do mais recente sinal de aproximação entre Washington e Moscovo.

O sargento norte-americano Gordon Black foi condenado por um tribunal da cidade portuária de Vladivostok, em junho de 2024, a três anos e nove meses de prisão. Um tribunal de recurso reduziu essa pena para três anos e dois meses, segundo as agências noticiosas estatais russas RIA e Tass.

O homem de 34 anos viajou para Vladivostok em abril de 2024 para ver a sua namorada, Alexandra Vashchuk, que tinha conhecido na Coreia do Sul. Black foi detido a 2 de maio, depois de Vashchuk o ter acusado de roubar e de a ter ameaçado de morte.

No seu julgamento, em junho do ano passado, declarou-se inocente das ameaças de morte, mas admitiu ser parcialmente culpado do roubo de dinheiro, embora por necessidade.

Presidente Donald Trump reúne-se com o homólogo russo Vladimir Putin na Cimeira do G20 em Hamburgo, 7 de julho de 2017
Presidente Donald Trump reúne-se com o homólogo russo Vladimir Putin na Cimeira do G20 em Hamburgo, 7 de julho de 2017 AP Photo

A redução da pena surge num contexto de uma aparente melhoria dos laços entre os EUA e a Rússia, numa altura em que o presidente dos EUA, Donald Trump, procura uma aproximação ao homólogo russo, Vladimir Putin, numa tentativa de pôr fim à guerra total de Moscovo na Ucrânia.

Na semana passada, o enviado económico de Putin, Kirill Dmitriev, reuniu-se com funcionários norte-americanos em Washington. Dmitriev obteve uma isenção de sanções para poder fazer a visita, que terá sido a primeira vez em muitos anos que um alto funcionário russo se deslocou aos EUA para este tipo de conversações.

Um dia antes dessas conversações, Trump anunciou a imposição de tarifas a 185 países e territórios, mas a Rússia não foi incluída na lista.

A Rússia não foi visada devido às conversações com Moscovo sobre um acordo de paz na Ucrânia, explicou o chefe do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, à ABC na semana passada.

Washington disse que a Rússia não foi atingida pelas últimas tarifas porque as sanções sobre a guerra na Ucrânia “impedem qualquer comércio significativo”. A Bielorrússia, Cuba e a Coreia do Norte - algumas das nações mais sancionadas do mundo - também foram omitidas da lista.

O comércio dos EUA com a Rússia totalizou 3,5 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros) em 2024, abaixo dos cerca de 36 mil milhões de dólares (32,8 mil milhões de euros) em 2021, de acordo com dados do Departamento de Recenseamento dos Estados Unidos.

Em fevereiro, a Rússia libertou um cidadão norte-americano, Kalob Byers, que tinha sido detido sob uma acusação de tráfigo de droga, depois de funcionários aduaneiros do aeroporto de Vnukovo, em Moscovo, terem alegadamente encontrado marmelada com cannabis na sua bagagem.

Byers, de 28 anos, foi libertado dias antes de os responsáveis norte-americanos e russos se reunirem na Arábia Saudita para conversações sobre a melhoria das relações diplomáticas e o fim da guerra na Ucrânia. Na altura, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, mencionou indiretamente que a libertação de Byers poderia ser vista no contexto do “restabelecimento do conjunto das relações russo-americanas”.

A Rússia prendeu uma série de cidadãos norte-americanos durante a administração do antigo presidente dos EUA, Joe Biden. Alguns deles - como o executivo de segurança corporativa Paul Whelan, o repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich e o professor Marc Fogel - foram designados pelo governo dos EUA como tendo sido detidos injustamente e libertados em trocas de prisioneiros.

Vários outros continuam detidos na Rússia, incluindo Ksenia Karelina, de dupla nacionalidade, o professor reformado Stephen Hubbard e o músico Travis Leake.

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