Amichai Chikli, ministro dos Assuntos da Diáspora de Israel, disse à Euronews que a ameaça às comunidades judaicas e às embaixadas israelitas é agora maior do que nunca.
A Alemanha anunciou que está a aumentar a segurança em torno de locais israelitas e judeus dentro das suas fronteiras devido a preocupações crescentes com potenciais ataques do Irão. França também adotou medidas semelhantes.
Amichai Chikli, ministro dos Assuntos da Diáspora de Israel, falou à Euronews, alertando que a ameaça às comunidades judaicas e às embaixadas israelitas é agora maior do que nunca.
"É óbvio que, depois de termos conseguido atingir a liderança de topo da Guarda Revolucionária Iraniana, eles quererão vingar-se e atingir as embaixadas israelitas e as comunidades judaicas, pelo que temos de estar muito mais alerta do que o habitual", afirmou Chikli.
"Estamos a monitorizar tudo o que podemos com base na OSINT. E, obviamente, temos serviços de segurança que estão a trabalhar com serviços de segurança estrangeiros para garantir que as embaixadas e os centros comunitários judaicos estão a ser protegidos."
Preocupações crescentes com os protestos na Bélgica
Os recentes protestos em Bruxelas fizeram soar o alarme sobre a segurança da comunidade judaica na Bélgica.
Pelo menos 75.000 pessoas participaram nos protestos da "linha vermelha" contra as acções de Israel em Gaza, no domingo.
Chikli expressou a sua preocupação relativamente à violência e ao sentimento antissemita visível durante a marcha.
"Estamos muito preocupados com o que está a acontecer agora na Bélgica. Vemos manifestações violentas. Vemos sinais de 'pessoas procuradas' contra líderes judeus, rabinos nas ruas da Bélgica e não vimos nenhuma condenação. Não vimos qualquer ação por parte das autoridades belgas e esperamos que sejam tomadas medidas mais sérias para proteger a comunidade judaica na Bélgica", afirmou Chikli.
Em resposta ao recente ataque de Israel ao Irão, os dirigentes da UE apelaram à contenção e à diplomacia.
A presidente da Comissão Europeia reafirmou o direito de Israel a defender-se e a proteger os seus cidadãos, instando simultaneamente todas as partes a trabalharem no sentido de uma resolução pacífica.