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MI6 tem mulher na liderança pela primeira vez em 116 anos de história

Vista geral da sede do Serviço Secreto de Informações, MI6, em Londres, a 18 de março de 2025.
Vista geral da sede do Serviço Secreto de Informações, MI6, em Londres, a 18 de março de 2025. Direitos de autor  AP/AP
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De Rory Sullivan
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Blaise Metreweli, licenciada em Cambridge, que trabalha nos serviços secretos desde 1999, será a 18.ª dirigente da organização.

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A agência de espionagem britânica MI6 nomeou aquela que será a primeira mulher a assumir a liderança dos serviços secretos nos seus 116 anos de história, anunciou no domingo o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

Blaise Metreweli, que é atualmente a diretora de tecnologia e inovação da agência de informação estrangeira, substituirá Richard Moore e tornar-se-á a 18.ª dirigente do MI6.

O chefe da agência, designado por "C", é o único membro da organização nomeado publicamente e responde perante o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico.

Metreweli, de 47 anos, é uma oficial de carreira dos serviços secretos que entrou para o serviço em 1999. Licenciada pela Universidade de Cambridge, trabalhou principalmente na Europa e no Médio Oriente e ocupou cargos de direção tanto no MI6 como na agência de espionagem interna MI5.

"Sinto-me orgulhosa e honrada por me terem pedido para dirigir o meu serviço. O MI6 desempenha um papel vital - juntamente com o MI5 e o GCHQ - na manutenção da segurança do povo britânico e na promoção dos interesses do Reino Unido no estrangeiro", afirmou Metreweli.

"Estou ansiosa por continuar esse trabalho ao lado dos corajosos oficiais e agentes do MI6 e dos nossos muitos parceiros internacionais", acrescentou.

Starmer, que anunciou a nomeação de Metreweli após ter aterrado no Canadá para a cimeira do G7, considerou a sua promoção "histórica", salientando que "surge numa altura em que o trabalho dos nossos serviços de informações nunca foi tão vital".

"O Reino Unido está a enfrentar ameaças numa escala sem precedentes - quer se trate de agressores que enviam os seus navios espiões para as nossas águas ou de piratas informáticos cujas sofisticadas conspirações cibernéticas procuram perturbar os nossos serviços públicos", afirmou.

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Lammy, elogiou Metreweli, descrevendo-a como "a candidata ideal para liderar o MI6 no futuro".

"Numa altura de instabilidade global e de ameaças emergentes à segurança, em que a tecnologia é poder e os nossos adversários trabalham cada vez mais em conjunto, Blaise irá garantir que o Reino Unido possa enfrentar estes desafios com determinação para manter a Grã-Bretanha segura e protegida no seu território e no estrangeiro", afirmou.

O MI6 é a última agência de informações britânica a nomear uma mulher para a sua direção.

Stella Rimington dirigiu o MI5 de 1992 a 1996 e Eliza Manningham-Buller dirigiu-o mais tarde, entre 2002 e 2007.

Em 2023, Anne Keast-Butler tornou-se a primeira mulher a dirigir a agência de informações eletrónicas e cibernéticas, a GCHQ.

Durante o seu mandato, Moore, o dirigente cessante do MI6, prometeu tornar a organização mais diversificada, escrevendo no X, em 2023, que iria "ajudar a forjar a igualdade das mulheres" e que trabalharia para garantir que ele próprio seria "o último C selecionado a partir de uma lista de pré-seleção exclusivamente masculina”.

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