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Maratonista mais velho do mundo morre atropelado aos 114 anos

Singh depois de correr os 10 mil metros na maratona de Hong Kong, em 2013, então com 101 anos
Singh depois de correr os 10 mil metros na maratona de Hong Kong, em 2013, então com 101 anos Direitos de autor  AP Photo
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De Ricardo Figueira
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Embora retirado das corridas, Faruja Singh continuava a fazer caminhadas de vários quilómetros todos os dias. Morreu atropelado na sua aldeia natal, na região indiana do Punjab.

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Quando imaginamos a morte de uma pessoa de 114 anos, uma das mais velhas em todo o mundo, imaginamos uma morte tranquila, na cama, causada pelos efeitos da idade avançada.

No entanto, não foi esse o caso do indiano-britânico Faruja Singh, que morreu atropelado na Índia esta semana.

Conhecido por ter corrido nove maratonas entre os 89 e os 100 anos, tendo-se retirado das corridas aos 101, Singh chegou a ser considerado o corredor de maratonas mais velho do mundo, embora o Livro de Recordes do Guinness nunca tenha podido certificar a proeza, já que as autoridades indianas não emitiam certidões de nascimento na altura em que nasceu. O passaporte britânico dá como data de nascimento 1 de abril de 1911.

Quando completou 100 anos, em 2011, Singh recebeu uma carta de parabéns assinada pela rainha Isabel II, que também o convidou a visitar o Palácio de Buckingham. Nesse mesmo ano, ao correr na maratona de Toronto, tornou-se no primeiro centenário a correr uma maratona completa.

Embora tenha deixado as maratonas, Singh continuava ativo e caminhava vários quilómetros por dia, segundo a BBC, que esteve com o corredor há cerca de um mês. Em Ilford, localidade onde vivia no leste da Grande Londres, fundou um clube e organização caritativa com o nome “Sikhs in the city” (“Sikhs na cidade”) e fazia questão de correr sempre de turbante. Em 2012, transportou a tocha olímpica nos Jogos Olímpicos de Londres.

Morreu na última segunda-feira, aos 114 anos, atropelado por um carro na sua aldeia natal, na região indiana do Punjab. O condutor fugiu da cena do atropelamento e a polícia anunciou estar no seu encalço.

A morte de Faruja Singh causou uma onda de homenagens, do primeiro-ministro indiano Narendra Modi, que o considerou “um atleta excecional, com uma determinação incrível”, à deputada britânica Preet Kaur Gill, que publicou uma foto com Singh, a quem chamou “um homem verdadeiramente inspirador”. Disse ainda que “a sua disciplina, forma simples de viver e profunda humildade” lhe “deixaram uma marca indelével” e que “a idade é apenas um número, o que conta é a atitude”.  

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