Autoridades lutam para restabelecer a eletricidade nas zonas afetadas. Pelo menos 43 casas foram totalmente consumidas pelas chamas.
Enquanto as forças de combate a incêndios em Chipre estão em alerta para qualquer reacendimento da frente que está em rescaldo, é revelado um quadro de destruição do incêndio que fez dois mortos.
Cerca de 125 quilómetros quadrados de vegetação ficaram reduzidos a cinzas na região semi-montanhosa de Limassol, segundo dados do programa WorldCover da Agência Espacial Europeia (ESA). Cerca de 50% da área total ardida é constituída por prados, 31% por vegetação de folhosas, 16% por árvores e 1,3% corresponde a zonas residenciais.
Chipre está, naturalmente, de luto pelo casal que morreu carbonizado quando ficou preso no incêndio ao tentar fugir. Trata-se de uma mulher de 77 anos e do marido de 84, que morreram carbonizados num carro quando fugiam de casa, na aldeia de Monagri.
As autoridades estão a aguardar os resultados das autópsias para confirmar se são estas as duas pessoas consideradas desaparecidas. Sete feridos estão a receber tratamento hospitalar. Duas das vítimas de queimaduras estão em estado grave mas fora de perigo; as outras cinco deverão ter alta em breve.
A ministra da Agricultura, Maria Panagiotou, disse que dez países responderam ao pedido de ajuda de Chipre para extinguir o incêndio, tendo a Grécia enviado 26 trabalhadores florestais especialmente treinados para lidar com incêndios recorrentes.
Problema grave no fornecimento de eletricidade e danos graves nas infraestruturas
Ao mesmo tempo, 17 zonas continuam sem eletricidade, uma vez que o incêndio queimou grande parte das infraestruturas elétricas. A Autoridade da Eletricidade de Chipre declarou que a reparação dos danos é extremamente difícil, uma vez que foram queimados 400 postes, 50 transformadores e uma subestação de distribuição de energia. Quanto aos danos nas habitações, 43 casas ficaram totalmente queimadas e outras 29 ficaram gravemente danificadas.
Os trabalhos de levantamento de danos prosseguem, tendo o Governo cipriota anunciado que cobrirá a 100% os danos causados às propriedades das pessoas afetadas.