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Espanha e França lançam 42 toneladas de alimentos para ajudar pessoas em Gaza

Ajuda em Gaza (IMAGEM DE ARQUIVO)
Ajuda em Gaza (IMAGEM DE ARQUIVO) Direitos de autor  AP
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De Jesús Maturana
Publicado a Últimas notícias
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A Força Aérea Espanhola concluiu com êxito o lançamento de 5.500 rações alimentares sobre a Faixa de Gaza. França também se juntou à ponte aérea humanitária.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, descreveu a situação em Gaza como uma "vergonha para toda a humanidade" e denunciou que a fome na zona é "induzida" por Israel.

Nas suas declarações, o ministro instou o governo de Benjamin Netanyahu a permitir a passagem "permanente, ininterrupta e livre" de toda a ajuda necessária, recordando que milhares de crianças correm o risco de morrer de subnutrição, naquilo que muitos começam já a classificar como um genocídio.

O avião militar A400 da Força Aérea Espanhola, que transportava 12 toneladas de ajuda da Agência Espanhola de Cooperação para o Desenvolvimento (AECID), descolou da Base Aérea de Saragoça com destino à Jordânia. De lá, partiu para Gaza para o lançamento, que foi efetuado com recurso a 24 pára-quedas.

Esta ação vem completar a ajuda humanitária espanhola que já se encontrava à espera na fronteira de Gaza. Albares insistiu na necessidade de Israel abrir todas as passagens terrestres para um afluxo maciço de ajuda e reiterou o apelo a um cessar-fogo para facilitar a distribuição de alimentos e provisões.

O ministro sublinhou que "é tempo de passar das palavras aos atos", uma filosofia que, segundo ele, Espanha tem vindo a aplicar ativamente desde há meses. Esta operação vem juntar-se a outros esforços, como a recente viagem que permitiu a transferência para Espanha de 13 crianças e um adulto de Gaza para receberem cuidados médicos.

França lança ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Foram transportadas por via aérea quarenta toneladas de alimentos para ajudar a população palestiniana que sofre de subnutrição grave.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, apelou para que a Faixa de Gaza fosse "inundada com água, alimentos e medicamentos".

"Não há um minuto a perder", afirmou o ministro à Franceinfo, reiterando a dimensão da crise humanitária no enclave palestiniano.

No entanto, Barrot reconheceu que esta ajuda era "obviamente insuficiente" para satisfazer as necessidades da população.

Na terça-feira, Jean-Noël Barrot tinha mencionado "quatro voos com 10 toneladas de alimentos cada", o que sugeria a realização de quatro rotas.

Os voos humanitários foram retomados no domingo, após o exército israelita ter anunciado uma pausa nos combates.

As primeiras operações aéreas foram levadas a cabo pela Jordânia e pelos Emirados Árabes Unidos.

O Reino Unido foi o primeiro país europeu a participar, seguido da Alemanha, da Bélgica e, mais recentemente, de França, que criaram uma "ponte aérea" através da Jordânia.

Na quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde publicou um relatório que alerta para a evolução dramática da fome em Gaza.

Desde o início de julho, foram admitidas 5.000 crianças com menos de cinco anos para tratamento de desnutrição aguda. Destas, 63 morreram de fome. Jean-Noël Barrot descreveu a situação como "absolutamente intolerável".

O ministro denunciou também as restrições impostas por Israel à entrada de ajuda humanitária. "52 toneladas de ajuda humanitária estão à espera há meses, a poucos quilómetros da Faixa de Gaza", afirmou.

"O Governo israelita tem de reabrir todas as vias de acesso — aéreas, terrestres e marítimas — para permitir a entrada livre e maciça de ajuda humanitária às populações civis que dela tanto necessitam".

Entretanto, está prevista uma visita pouco habitual do enviado dos EUA, Steve Witkoff, à Faixa de Gaza.

Este irá inspecionar os locais de distribuição da ajuda humanitária e reunir-se com os habitantes locais. O objetivo desta missão é "apresentar um relatório ao presidente dos Estados Unidos da América, a fim de aprovar um plano final para a distribuição da ajuda", segundo a porta-voz da Casa Branca.

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