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Zelenskyy insta Europa a manter-se unida contra a guerra "anti-europeia" da Rússia na Ucrânia

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Líderes europeus Direitos de autor  AP Photo
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De Malek Fouda & Sasha Vakulina & Aleksander Brezar
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Vários líderes europeus vão juntar-se ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy na sua visita à Casa Branca, na segunda-feira, para se encontrarem com o seu homólogo norte-americano Donald Trump.

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A estratégia da Rússia continua a ser "antieuropeia" e o continente tem de se manter unido em quaisquer negociações para travar a guerra total de Moscovo na Ucrânia, afirmou o Presidente Volodymyr Zelenskyy após a sua reunião com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas, no domingo.

A reunião entre os dois acontece numa altura em que uma série de líderes europeus anunciaram que se vão juntar às conversações com o Presidente dos EUA, Donald Trump, em Washington, na segunda-feira.

"É crucial que a Europa esteja tão unida agora como estava no início, como estava em 2022, quando a guerra começou", disse o líder ucraniano numa conferência de imprensa conjunta com von der Leyen.

"Primeiro, temos de acabar com as mortes. Putin tem muitas exigências, mas nós não as conhecemos todas. E se são de facto tantas como ouvimos dizer, então vai levar tempo a analisá-las todas", disse.

"Putin não quer parar a matança, mas tem de o fazer", sublinhou Zelenskyy, acrescentando que é necessário um cessar-fogo para começar a trabalhar num acordo final para pôr fim à guerra da Rússia na Ucrânia.

"Putin tem muitas exigências, mas não as conhecemos todas. E se são de facto tantas como ouvimos dizer, então levará tempo a analisá-las todas. É impossível fazer isso sob a pressão das armas", disse Zelenskyy, acrescentando que o assunto será discutido em Washington.

Por isso, é necessário um cessar-fogo e trabalhar rapidamente num acordo final", concluiu.

O Presidente dos EUA disse inicialmente que ia discutir um cessar-fogo com Vladimir Putin durante a reunião que tiveram no Alasca na passada sexta-feira. Disse que o cessar-fogo permitiria discutir o acordo para pôr fim à guerra de Moscovo contra a Ucrânia.

Mas após a cimeira do Alasca, Trump não mencionou a possibilidade de um cessar-fogo e disse que gostaria de discutir o acordo imediatamente.

Kiev e os aliados europeus da Ucrânia estão preocupados com o facto de isso dar tempo à Rússia para continuar os seus ataques contra a Ucrânia, ao mesmo tempo que arrasta as negociações com as exigências maximalistas irrealistas do Kremlin, demonstrando mais uma vez a sua falta de vontade de parar a sua guerra contra a Ucrânia.

"Precisamos de verdadeiras negociações, o que significa que podem começar onde está agora a linha da frente. A linha de contacto é a melhor linha para falar", disse Zelenskyy.

Von der Leyen: "A Ucrânia deve tornar-se um porco-espinho de aço"

Os aliados europeus de Kiev acreditam que devem ser dadas fortes garantias de segurança para proteger tanto a Ucrânia como a Europa, disse von der Leyen.

Além disso, a Ucrânia deve poder defender a sua soberania e integridade territorial, e não deve haver qualquer limitação das forças armadas ucranianas.

"A Ucrânia tem de se tornar um porco-espinho de aço, indigesto para potenciais invasores", sublinhou von der Leyen no domingo.

Quanto às questões relativas a eventuais concessões territoriais, von der Leyen foi inflexível, afirmando que todas as decisões continuam a estar exclusivamente nas mãos da Ucrânia e dos ucranianos.

"A nossa posição é clara: as fronteiras internacionais não podem ser alteradas pela força; estas são decisões que devem ser tomadas pela Ucrânia e não sem a Ucrânia à mesa", afirmou a Presidente da Comissão.

Entretanto, a Europa continuará a exercer pressão sobre a economia de guerra russa, com "um novo pacote a ser apresentado em setembro", acrescentou.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, está em Bruxelas para falar com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A dupla vai participar na reunião virtual da "Coligação de Boa Vontade", com o chanceler alemão Friedrich Merz, o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.

Antes da reunião de domingo, von der Leyen disse que se juntaria a Zelenskyy na Casa Branca, na segunda-feira, para participar na sua reunião com o Presidente dos EUA, Donald Trump, a pedido do Presidente ucraniano.

A Presidente da Comissão referiu que outros líderes europeus também participarão na reunião, mas ainda não é claro se se deslocarão a Washington ou se participarão virtualmente.

Starmer anunciou que estará presente na reunião com Trump, de acordo com Downing Street.

O primeiro-ministro britânico "está pronto a apoiar esta próxima fase de conversações e reafirmará que o seu apoio à Ucrânia se manterá enquanto for necessário", afirmou o seu gabinete num comunicado.

Entretanto, Berlim informou que Merz também se deslocará à capital dos EUA na segunda-feira para participar nas conversações.

"A viagem servirá para trocar informações com o Presidente dos EUA, Donald Trump, na sequência do seu encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca", disse o porta-voz da chanceler.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também deverá estar presente. Segundo a imprensa italiana, Meloni interrompeu as suas férias e regressou a Roma no domingo para se preparar para viajar para os Estados Unidos.

Macron, o secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, e o presidente finlandês, Alexander Stubb, também confirmaram a sua presença.

O gabinete do Presidente da França afirmou, em comunicado, que os líderes estarão presentes para garantir "a coordenação entre os europeus e os Estados Unidos com o objetivo de alcançar uma paz justa e duradoura que preserve os interesses vitais da Ucrânia e a segurança da Europa".

A visita de Zelenskyy à Casa Branca é a primeira desde o dramático confronto de fevereiro na Sala Oval entre o líder ucraniano, Trump e o vice-presidente dos EUA, JD Vance.

A visita surge após o encontro de sexta-feira entre Trump e Putin numa base militar no Alasca.

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