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"Temos de garantir que Putin nunca mais tentará atacar a Ucrânia", diz líder da NATO

O Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, à esquerda, cumprimenta o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, durante a sua reunião de informação em Kiev, Ucrânia, sexta-feira, 22 de agosto de 2025
O Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, à esquerda, cumprimenta o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, durante a sua reunião de informação em Kiev, Ucrânia, sexta-feira, 22 de agosto de 2025 Direitos de autor  AP Photo
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De Sasha Vakulina
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O Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, afirmou na sexta-feira que o acordo de garantias de segurança para a Ucrânia será composto por dois níveis: o reforço do exército ucraniano e os compromissos dos EUA e da Europa destinados a dissuadir a Rússia em caso de agressão futura.

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O apoio da NATO à Ucrânia permanece "inabalável" e "continua a crescer", afirmou o Secretário-Geral da aliança, Mark Rutte, durante uma visita a Kiev.

Após a reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, Rutte deixou claro que existem mais planos para garantir "um fluxo crucial de armas letais dos EUA para a Ucrânia".

Após a reunião multilateral de segunda-feira na Casa Branca, Rutte disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, sublinhou que "os Estados Unidos estarão de facto envolvidos no fornecimento de garantias de segurança para a Ucrânia".

"Estamos agora a trabalhar em conjunto - a Ucrânia, os europeus e os Estados Unidos - para garantir que estas garantias de segurança sejam de tal nível que Vladimir Vladimirovich Putin, sentado em Moscovo, nunca mais tente atacar a Ucrânia", frisou Rutte numa conferência de imprensa.

Soldados com idades entre 18 e 24 anos praticam habilidades militares num campo de treino perto de Kharkiv, 19 de agosto de 2025.
Soldados com idades entre 18 e 24 anos praticam habilidades militares num campo de treino perto de Kharkiv, 19 de agosto de 2025. AP Photo

Rutte afirmou que o acordo de garantias de segurança consistirá em dois níveis: reforço do exército ucraniano e compromissos dos EUA e da Europa com o objetivo de dissuadir a Rússia em caso de agressão futura.

De acordo com Rutte, as discussões sobre o envio de tropas estrangeiras para a Ucrânia como parte das garantias de segurança estão em curso, mas "é demasiado cedo para dizer qual será o resultado".

"Ainda é muito cedo para dizer quem poderá fornecer tropas, quem contribuirá com informações, quem estará presente no mar e quem estará no ar", acrescentou Zelenskyy.

"A Ucrânia precisa de garantias de segurança para que nós, os nossos filhos e netos possamos ter a certeza de que a Rússia não nos vai atacar. São garantias de segurança contra um agressor", afirmou o presidente da Ucrânia.

Reunião Zelenskyy-Putin

Depois de Donald Trump se ter encontrado com Vladimir Putin no Alasca e, dois dias depois, com Volodymyr Zelenskyy e os líderes europeus na Casa Branca, afirmou que o próximo passo no processo diplomático em curso acelerado seria uma reunião entre os presidentes da Ucrânia e da Rússia.

Zelenskyy afirmou repetidamente que está pronto para se encontrar com Putin, mas o Kremlin rejeitou sempre essa possibilidade.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ouve o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante uma conferência de imprensa no Alasca, em 15 de agosto de 2025.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ouve o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante uma conferência de imprensa no Alasca, em 15 de agosto de 2025. AP Photo

A Casa Branca tem estado a trabalhar para garantir o local e a data da cimeira, por iniciativa de Donald Trump, mas Moscovo deu a entender na sexta-feira que o Kremlin não espera uma reunião tão cedo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, disse que não está previsto qualquer encontro entre Putin e Zelenskyy, apesar dos esforços de Trump para mediar essas conversações.

"Putin está pronto para se encontrar com Zelenskyy quando a agenda estiver pronta para uma cimeira, e esta agenda não está pronta de todo", disse Lavrov à NBC News, repetindo uma declaração de longa data do Kremlin.

Durante a conferência de imprensa conjunta com Mark Rutte, em Kiev, Volodymyr Zelenskyy afirmou que Moscovo está a fazer tudo para que não se realize uma reunião entre os líderes da Ucrânia, dos EUA e da Rússia.

"A questão do fim da guerra deve ser resolvida ao nível dos líderes, mas podemos ver agora que os russos estão a fazer tudo para evitar uma reunião. A Ucrânia, ao contrário da Rússia, não tem medo de qualquer reunião com dirigentes. Estamos prontos para trabalhar de forma produtiva, ao máximo", afirmou Zelenskyy, acrescentando que espera que "os parceiros ajudem a garantir pelo menos uma posição minimamente produtiva do lado russo".

Zelenskyy afirmou que "tudo deve ser feito para que a Rússia não possa continuar a evitar a reunião".

"É preciso forçá-los à diplomacia; são necessárias sanções verdadeiramente fortes se eles (a Rússia) não concordarem com uma resolução diplomática desta guerra, se não quiserem acabar com a guerra. Estamos a contar muito com pacotes fortes (de sanções) dos nossos parceiros."

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