As autoridades interrogaram os suspeitos durante a noite e descartaram a possibilidade de uma "ação de espionagem maciça".
As autoridades polacas afirmaram que as duas pessoas detidas por suspeita de terem pilotado um drone sobre edifícios governamentais em Varsóvia, na segunda-feira à noite, eram cidadãos bielorrussos e ucranianos.
O drone - que foi visto a sobrevoar o palácio presidencial Belvedere, na capital Varsóvia - foi neutralizado pelos Serviços de Proteção do Estado polacos.
Os dois suspeitos são um ucraniano de 21 anos e uma bielorrussa de 17 anos, segundo as autoridades. As suas casas estão a ser revistadas pelos investigadores e a polícia está a verificar as suas identidades e se têm autorização para residir legalmente na Polónia.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, tinha inicialmente escrito no X na noite de segunda-feira que "dois cidadãos bielorrussos" tinham sido detidos.
Não é claro se ou porque é que a informação inicial estava incorreta, mas os Serviços de Proteção do Estado disseram que a polícia interrogou os suspeitos durante a noite.
"Negamos os rumores de que se trata de uma ação de espionagem em massa", declarou Jacek Dobrzynski, porta-voz do ministro que coordena os serviços especiais, numa conferência de imprensa na manhã de terça-feira.
"São jovens, talvez por descuido, talvez por ignorância, talvez por quererem fazer um filme", acrescentou.
A Polónia está em alerta máximo depois de vários drones russos terem entrado no país na semana passada, naquilo que as autoridades europeias descreveram como uma provocação deliberada.
A incursão - que ocorreu durante os implacáveis ataques russos à Ucrânia e envolveu vários drones do tipo Shahed, concebidos em Teerão e fabricados na Rússia - aprofundou os receios de longa data de que a guerra de mais de três anos de Moscovo na Ucrânia pudesse precipitar um conflito mais vasto. A NATO enviou caças para abater os drones.