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Autoridades fazem novas perícias na Calçada da Glória duas semanas após o acidente

Fitas da polícia vedam acesso à Calçada da Glória, dias após o acidente em que morreram 16 pessoas
Fitas da polícia vedam acesso à Calçada da Glória, dias após o acidente em que morreram 16 pessoas Direitos de autor  Armando Franca/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
De Inês dos Santos Cardoso
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Foram realizadas novas perícias na Calçada da Glória na noite da última quarta-feira. Os investigadores querem perceber o que causou a quebra do cabo que liga ao ascensor.

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Novas perícias na Calçada da Glória, em Lisboa, foram realizadas na noite de quarta-feira, duas semanas após o acidente com o elevador que resultou na morte de 16 pessoas. 

Operacionais da Polícia Judiciária, da PSP, da Carris e do Gabinete de investigação de acidentes estiveram a retirar o que ainda restava do cabo do funicular para que este fique à guarda do Ministério Público, segundo fontes policiais, citadas pelo DN.

Resultados preliminares do relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) indicam que a rutura do cabo, designadamente no "trambolho" - a peça de ligação ao veículo - terá sido a principal causa do acidente.  

Com as novas perícias, os investigadores estarão a tentar identificar o que levou exatamente à quebra na resistência do material, fazendo descarrilar o Elevador da Glória.

O descarrilamento aconteceu na tarde de 3 de setembro, resultando em 16 mortos e duas dezenas de feridos, que incluíam portugueses e cidadãos de outras nacionalidades. O veículo desgovernado embateu violentamente num prédio após a rutura do cabo.

O momento do desastre foi amplamente captado e divulgado nas redes sociais por pessoas que passavam junto da Calçada da Glória, onde o descarrilamento aconteceu. O elevador fazia a ligação entre a Av. da Liberdade/Restauradores e a Rua de São Pedro de Alcântara (Príncipe Real).

Inicialmente, as autoridades transportaram 15 vítimas mortais para o Instituto de Medicina Legal. No entanto, um dos feridos graves acabou por não resistir aos ferimentos, elevando o número de óbitos para 16.

No descarrilamento do elevador da Glória morreram onze cidadãos estrangeiros e cinco portugueses. Entre as vítimas estavam quatro colaboradores portugueses da Santa Casa da Misericórdia, cuja sede fica no Largo Trindade Coelho, no ponto de chegada (topo) do elevador. A outra vítima mortal portuguesa é o guarda-freio do elevador, André Marques, de 40 anos.

A Carris colocou esta quinta-feira em circulação o elétrico com o nome de André Marques, homenageando a vítima que estava a trabalhar no momento do acidente.

A empresa proprietária do elevador, a Carris, disse em comunicado que "foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção, nomeadamente a manutenção geral, que ocorre a cada quatro anos e que ocorreu em 2022, a reparação intercalar, que é concretizada de dois em dois anos, tendo, neste caso, a última sido realizada em 2024, e têm sido escrupulosamente cumpridos os programas de manutenção mensal, semanal e a inspeção diária".

Na manhã do acidente, o elevador foi alvo de uma inspeção, que não terá durado mais do que meia hora, tendo sido dado o aval para a sua operação.

O descarrilamento do Elevador da Glória deu origem a um vasto debate sobre a segurança dos transportes públicos históricos da cidade de Lisboa - e levou a que a autarquia ordenasse que fosse suspenso o funcionamento de outros três funiculares da cidade de Lisboa, até nova inspeção.

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