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Primeiro-ministro da Geórgia diz que o caminho para a adesão à UE continua "firme e irreversível"

ARQUIVO: O primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, fala aos jornalistas depois de votar numa mesa de voto durante as eleições parlamentares em Tbilisi, 26 de outubro de 2024
ARQUIVO: O primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, fala aos jornalistas depois de votar numa mesa de voto durante as eleições parlamentares em Tbilisi, 26 de outubro de 2024 Direitos de autor  AP Photo
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De Euronews
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O primeiro-ministro do país, Irakli Kobakhidze, insiste que o objetivo da Geórgia de aderir à UE até 2030 é realista, apesar das negociações interrompidas no passado e da tensão nas relações entre as partes envolvidas.

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Numa altura em que a Geórgia se prepara para as eleições autárquicas de 4 de outubro, o primeiro-ministro Irakli Kobakhidze tomou a iniciativa de reafirmar o empenho do seu governo no processo de adesão à UE.

Num artigo de opinião escrito em exclusivo para a Euronews, Kobakhidze afirma que o caminho da Geórgia para a adesão à UE "permanece firme e irreversível" e que o objetivo de Tbilisi de aderir à União Europeia até 2030 é "realista e alcançável", com base nas reformas levadas a cabo até agora pelo seu governo.

O líder georgiano aproveitou a ocasião para sublinhar também o ponto-chave do seu governo nas relações tensas entre Tbilisi e a União Europeia, depois de ambas as partes terem feito uma pausa nas conversações de adesão do país do Cáucaso do Sul à UE.

"Estou confiante de que, nos próximos anos, a abordagem em relação à Geórgia se tornará mais justa e mais baseada no mérito, refletindo tanto as reformas que empreendemos como os progressos tangíveis que alcançámos", afirmou Kobakhidze, no artigo de opinião publicado na quarta-feira pela Euronews.

Kobakhidze considera que "a importância estratégica da Geórgia está a crescer rapidamente" e que o país cumpre "todas as obrigações decorrentes do Acordo de Associação e da Zona de Comércio Livre Abrangente e Aprofundado com a UE".

A UE concedeu à Geórgia o estatuto de candidato em dezembro de 2023, mas suspendeu indefinidamente o seu processo de candidatura à adesão e cortou o apoio financeiro em junho passado, após a aprovação de uma lei sobre "influência estrangeira" que o bloco considerou ser de inspiração russa e autoritária, no contexto de protestos em larga escala contra o governo na capital do país,Tbilisi.

Depois de vencer as eleições legislativas em outubro, Kobakhidze anunciou que a Geórgia iria suspender as discussões sobre a sua candidatura à UE até 2028, devido ao que o primeiro-ministro descreveu então como "chantagem e manipulação" por parte de alguns políticos do bloco.

Em entrevista à Euronews, em novembro, Kobakhidze disse que a bola estava do lado de Bruxelas, sublinhando que continuava "muito otimista" quanto à adesão do seu país à UE até 2030, descrevendo-a como um objetivo estratégico fundamental para a Geórgia. Desde então, um gradual descongelamento das relações entre a Geórgia e a UE abriu um novo caminho para negociações ativas.

No seu artigo de opinião publicado na Euronews na quarta-feira, o primeiro-ministro georgiano tomou a iniciativa de sublinhar a posição do seu país em relação à Rússia, afirmando que "o povo georgiano compreende perfeitamente o custo profundo da guerra - 20% do nosso território continua sob ocupação russa".

Em seguida, Kobakhidze faz uma declaração fundamental sobre a posição do seu governo nesta matéria, afirmando que a Geórgia "continua inabalavelmente empenhada em procurar uma resolução pacífica, reconhecendo plenamente que a paz é o único caminho viável", mas conclui com a mensagem clara de que "o caminho da Geórgia é europeu, pacífico e baseado em princípios".

"Estamos a fazer a nossa parte. Continuamos firmes na reforma, empenhados nas nossas obrigações e concentrados na obtenção de resultados. À medida que a nossa democracia se aprofunda e o nosso papel estratégico se expande, esperamos que os nossos parceiros europeus vejam a Geórgia como um país que está a ajudar a moldar o futuro da Europa", afirmou o primeiro-ministro georgiano no seu editorial.

A Geórgia está a caminho de umas eleições autárquicas disputadas a 4 de outubro, numa altura em que a atual turbulência política continua a afetar o país.

Uma grande parte dos partidos da oposição decidiu boicotar estas eleições, alegando que o partido no poder, o Sonho Georgiano, não tem legitimidade para governar o país na sequência das últimas eleições gerais.

No seu artigo de opinião publicado na Euronews, o primeiro-ministro Kobakhidze critica os seus opositores, afirmando que "alguns atores políticos, sem qualquer visão para além do confronto, estão a tentar transformar o processo democrático num instrumento de desestabilização".

Afirma que a confiança no partido Sonho Georgiano "continua a crescer", uma vez que, "nos últimos quatro anos, a Geórgia emergiu como uma das economias de mais rápido crescimento na vizinhança europeia".

"Mas a democracia não é apenas uma questão de protesto - é também uma questão de desempenho. E o desempenho do nosso governo tem sido claro: protegemos o crescimento económico, investimos no nosso povo e preservamos a paz numa região difícil", salienta o líder georgiano.

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