Pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na sequência do último ataque russo ao país. Zelenskyy diz que dez regiões foram atingidas com Moscovo a visar, essencialmente, infraestruturas energéticas da Ucrânia.
Um ataque em grande escala com drones e mísseis russos em toda a Ucrânia matou pelo menos seis pessoas, incluindo uma mulher e as suas duas filhas pequenas, disseram autoridades na quarta-feira. A ofensiva acontece numa altura em que os esforços liderados pelos EUA para acabar com a guerra estão cada vez mais limitados e o presidente da Ucrânia apela por mais ajuda militar.
Ondas repetidas de mísseis e drones durante a noite abalaram pelo várias cidades ucranianas, incluindo uma aldeia na região de Kiev, onde um ataque incendiou uma casa onde a mãe e as suas filhas de 6 meses e 12 anos estavam hospedadas, disse o chefe regional Mykola Kalashnyk.
Pelo menos 18 pessoas ficaram feridas só em Kiev, disseram as autoridades. Zelenskyy confirmou que foram registados ataques em dez regiões ucranianas, reforçando que os ataques visaram estruturas energéticas e residenciais.
O bombardeamento, que começou à noite e se prolongou até à manhã de quarta-feira, também teve como alvo a infraestrutura energética da Ucrânia e causou apagões contínuos. A Rússia tem tentado paralisar a rede elétrica do país antes do início do inverno rigoroso.
Esforços diplomáticos cada vez mais frágeis
Os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, para acabar com a guerra que começou com a invasão total da Rússia ao seu vizinho há mais de três anos não conseguiram ganhar expressão. Trump expressou repetidamente a sua frustração com a recusa do presidente russo, Vladimir Putin, em ceder às suas condições para um acordo, depois de a Ucrânia ter oferecido um cessar-fogo e negociações de paz diretas.
Trump disse na terça-feira que o seu plano para uma reunião rápida com Putin estava suspenso porque não queria que fosse uma "perda de tempo".
Já Zelenskyy instou a União Europeia, os Estados Unidos e o Grupo dos Sete países industrializados a exercerem mais pressão sobre a Rússia e forçá-la a sentar-se à mesa das negociações.
A pressão sobre Moscovo só pode ser exercida "através de sanções, capacidades de longo alcance (mísseis) e diplomacia coordenada entre todos os nossos parceiros", afirmou.
Zelenskyy atribuiu as declarações de Trump de que estava a considerar fornecer mísseis Tomahawk à Ucrânia à disposição de Putin para se reunir.
Espera-se que o presidente ucraniano visite Estocolmo na quarta-feira, onde deve se reunir com o primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson.