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Sziget pode estar em risco mas ainda não está tudo perdido para o festival

Techno Meute, da Alemanha, se apresenta durante o concerto no 28º Festival Sziget (Ilha) na Ilha Shipyard, norte de Budapeste, Hungria, sexta-feira, 12 de agosto de 2022
Techno Meute, da Alemanha, se apresenta durante o concerto no 28º Festival Sziget (Ilha) na Ilha Shipyard, norte de Budapeste, Hungria, sexta-feira, 12 de agosto de 2022 Direitos de autor  Zoltan Balogh/MTI - Media Service Support and Asset Management Fund
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De euronews
Publicado a Últimas notícias
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Assembleia Municipal chumbou uma proposta que poderia ajudar a salvar o evento, cujo o atual proprietário não pretende manter. O fundado do festival quer recuperá-lo e o líder do partido Tiszajá garantiu que este irá acontecer.

A Assembleia Municipal da Capital, Budapeste, votou na quarta-feira à noite sobre a proposta apresentada pelo presidente da Câmara Municipal, Gergely Karácsony, para ajudar a salvar o Festival Sziget.

A empresa americana de capital privado KKR, que comprou a atual proprietária do Festival Sziget (Superstruct Holding ) decidiu retirar-se do festival, alegando a situação instável na Hungria, o que levou ao término do contrato de uso do terreno entre o festival e as autoridades municipais de Budapeste.

O próprio organizador do festival confirmou que o futuro do evento era incerto, uma vez que o atual proprietário estrangeiro não estava disposto a assumir mais riscos financeiros.

Karácsony propôs que a cidade de Budapeste anulasse o contrato atual com a organização do Sziget, para permitir que uma nova estrutura (preferencialmente húngara) assumisse o festival, sob condições de longo prazo, com benefícios para a cidade (descontos, iuso de espaço público com condições especiais),mas a proposta foi acabou por não ser apoiada pela maioria dos deputados que exigiram garantias que o festival iria realmente acontecer e que a cidade não perdiria receitas públicas.

Assim, ficou decidido que não é possível rescindir o contrato original relativo à taxa de utilização do espaço público, tornando-se impossível celebrar o novo contrato a tempo.

Os partidos Fidesz e Tisza abstiveram-se ou não votaram, o que fez com que a proposta não alcançasse a maioria que era precisa para permitir a Budapeste rescindir o acordo de utilização de terrenos - ainda válido por mais um ano - com os atuais proprietários do festival.

O presidente da Câmara de Budapeste escreveu nas redes sociais que, por causa das facções Fidesz e Tisza, "a economia nacional vai perder dezenas de milhares de milhões de forints e os residentes de Budapeste vão perder os seus descontos".

"A questão é relativamente simples: não é possível celebrar um novo contrato oficial enquanto o antigo contrato oficial estiver em vigor, nem mesmo apresentar um pedido legalmente válido", explicou.

O acordo sobre o uso do solo trouxe 220 milhões de forints em receitas para a capital - dinheiro que os membros da assembleia não estavam dispostos a abdicar.

No entanto, o cancelamento do festival causará uma perda muito maior para o orçamento da cidade, e é incerto se essa receita poderá sequer ser cobrada à empresa estrangeira.

Tisza e fundador do Sziget chegam a acordo

Apesar da confusão, abriu-se uma nova janela de esperança para o festival. Esta quinta-feira o partido Tisza e o fundador do festival, Károly Gerendai, que pretende recuperá-lo, alcançaram um acordo para novas negociações na Assembleia Municipal sobre o tema.

Nas redes sociais, Peter Magyar, líder do Tisza, disse que o festival irá acontecer.

Numa publicação disse que combinou "com Károly Gerendai que nos encontraríamos no próximo ano no Festival Sziget" e que "era possível encontrar uma solução para que a capital agisse como uma administradora cuidadosa dos fundos públicos e o Festival Sziget continuasse a ser um dos eventos culturais e musicais mais bem-sucedidos da Hungria.

Também o presidente da Câmara de Budapeste disse nas redes sociais que recebeu "uma carta do Sziget e Károly Gerendai , resumindo o que eles podem fazer em relação à organização do festival", considerando que "garantir o futuro do Sziget é apenas uma formalidade legal, não havendo necessidade de uma assembleia geral extraordinária. Podemos concluir essa tarefa na assembleia ordinária de novembro. Enquanto isso, a organização do Sziget do próximo ano pode começar.”

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