"Ser multimilionário era um dos meus objetivos", disse ao apresentador britânico Piers Morgan aquele que é considerado um dos melhores jogadores de futebol de sempre.
Primeiro futebolista da história a ter o estatuto de multimilionário, Cristiano Ronaldo diz não ter ficado surpreendido com a notícia de ter atingido a marca dos mil milhões de dólares: "Já era multimilionário há muito tempo", começou por dizer, brincando, na entrevista com o apresentador britânico Piers Morgan, cuja primeira parte foi transmitida no canal de YouTube de Morgan esta terça-feira.
"Esse era um dos meus objetivos, além de todos os objetivos desportivos, tinha também esse objetivo pessoal", disse o número 7 português, apesar de "não ligar muito ao dinheiro e haver coisas mais importantes", nas suas palavras. "Sei muito bem quanto dinheiro tenho, acompanho sempre a minha situação financeira".
Ainda sobre a questão do dinheiro, Ronaldo falou a Morgan sobre a sua paixão pelos automóveis e a sua coleção de carros de luxo raros, dos quais os seus favoritos são os Bugatti: "São um investimento para mim. Sinceramente, não sei quantos tenho na coleção", disse. Apesar de os colecionar, CR7 confessa que "nunca conduz" e que "recentemente, esteve em Madrid e nem sequer foi à garagem".
"Tudo tem um início e um fim"
Depois de "picado" por Piers Morgan por nunca ter jogado no Arsenal, clube de que o apresentador é adepto (e atual líder da Premier League), Ronaldo acabou por falar sobre a situação no Manchester United, comandado pelo português Ruben Amorim, que este ano parece estar de regresso às vitórias, depois de uma época desastrosa em 2024/2025.
"Amorim não pode fazer milagres, milagres só em Fátima", disse CR7, dizendo não acreditar que o clube possa vencer este ano a Premier League, "apesar de ter um bom treinador e um bom plantel". O futebolista português mais premiado de sempre diz que "é preciso algo mais" e alguns jogadores "não interiorizaram o espírito do clube".
Sobre o futuro da carreira de jogador, Ronaldomostrou-se consciente de que está muito perto do fim, agora que está com 40 anos: "Tudo tem um início e um fim, sempre tive consciência disso, e o momento da retirada dos relvados é algo que ando a preparar e estou a interiorizar há muito tempo, pelo menos desde os 25 anos", disse, sem revelar quando está a pensar em pendurar as chuteiras.
"Ainda não há data para o casamento"
Apesar de não revelar quando irá abandonar a carreira, o internacional português, atualmente ao serviço dos sauditas do Al-Nassr, deixou claro que isso só acontecerá depois do próximo mundial, que irá decorrer nos Estados Unidos, México e Canadá no verão de 2026, ao dizer que o casamento com Georgina Rodríguez não acontecerá antes desta data.
A proposta de casamento, feita em agosto, fez correr muita tinta, em especial devido ao vistoso (e certamente caro) anel, cuja foto teve quase 19 milhões de likes no Instagram.
"Tinha comprado o anel, um amigo deu-mo para a mão e as nossas filhas assistiram ao momento. Então, perguntaram-me se ia pedir a mãe em casamento e eu senti que era o momento certo para o fazer".
Perguntado por Morgan sobre se se ajoelhou, Ronaldo respondeu que não e que "não é do tipo romântico, do género de homem que oferece flores todas as semanas". Disse ainda que Georgina "não hesitou em dizer que sim" e "não ligou muito ao anel, para ela o importante era ter a certeza de que eu estava a falar verdade".
No trailer da segunda parte da entrevista, que ainda não tem data de difusão marcada, podemos ouvir pequenos excertos de respostas a outras questões, nomeadamente sobre a morte de Diogo Jota e a muito badalada ausência de Ronaldo do funeral, sobre a camisola autografada que ofereceu a Donald Trump ou ainda o reencontro com a senhora que lhe oferecia hambúrgueres no tempo em que era um jovem pupilo da academia do Sporting.