Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Venezuela faz exercícios militares com receio de ataques dos EUA

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino Lopez, ao centro, fala durante exercícios militares em Caracas, Venezuela, no sábado, 4 de outubro de 2025.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino Lopez, ao centro, fala durante exercícios militares em Caracas, Venezuela, no sábado, 4 de outubro de 2025. Direitos de autor  AP Photo/Jesus Vargas
Direitos de autor AP Photo/Jesus Vargas
De Emma De Ruiter
Publicado a
Partilhar Comentários
Partilhar Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Link copiado!

O regime de Nicolás Maduro afirmou que está a preparar as suas forças armadas para o caso de um ataque dos EUA.

A Venezuela anunciou o início de exercícios militares em grande escala com o objetivo de proteger o seu espaço aéreo contra potenciais agressões estrangeiras.

O exército, as milícias, a polícia e os líderes comunitários afiliados ao governo de Nicolás Maduro estarão envolvidos nos exercícios, que começaram em todo o país na terça-feira.

"Continuaremos determinados a preparar-nos para defender a nossa pátria em todos os domínios, seja qual for a ameaça, a sua intensidade, a sua proporção", declarou o ministro da Defesa venezuelano, general Vladimir Padrino López, em declarações transmitidas pela televisão estatal.

O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, durante exercícios militares em Caracas, Venezuela, a 20 de setembro de 2025.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, durante exercícios militares em Caracas, Venezuela, a 20 de setembro de 2025. AP Photo/Ariana Cubillos

Estas manobras estão a decorrer num contexto de tensão crescente com os Estados Unidos (EUA), na sequência da ordem da administração Trump para enviar navios de guerra para perto da Venezuela.

Nos últimos meses, os EUA realizaram vários ataques aéreos contra navios nas Caraíbas, incluindo um anunciado pelo Secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, no início desta semana.

Segundo Hegseth, o último ataque visou duas embarcações alegadamente de tráfico de droga no Pacífico, matando seis pessoas.

Pelo menos 75 pessoas foram mortas num total de 19 ataques desde que a administração Trump lançou a sua ofensiva antidroga na região.

Há quem veja a medida como uma tática de pressão contra o presidente venezuelano, que foi acusado de narcoterrorismo nos EUA.

Maduro acusou o governo dos EUA de "fabricar" uma guerra contra ele.

Maior ênfase na formação militar desde o início dos ataques dos EUA

Os ataques dos EUA, que começaram no início de setembro, visaram inicialmente navios no Mar das Caraíbas, mas o foco tem-se deslocado cada vez mais para navios no Pacífico oriental, onde grande parte da cocaína dos maiores produtores mundiais é contrabandeada.

Trump justificou os ataques dizendo que os Estados Unidos estão em "conflito armado" com os cartéis de droga e afirmando que os barcos são operados por organizações terroristas estrangeiras que estão a inundar as cidades americanas com drogas.

O líder da Casa Branca não apresentou provas das suas afirmações e os políticos norte-americanos, incluindo os republicanos, têm insistido em obter mais informações sobre quem são os alvos e qual a justificação legal para os ataques.

Uma mulher segura uma bandeira nacional durante exercícios militares em La Guaira, Venezuela, sábado, 20 de setembro de 2025.
Uma mulher segura uma bandeira nacional durante exercícios militares em La Guaira, Venezuela, sábado, 20 de setembro de 2025. AP Photo/Jesus Vargas

Maduro começou a mobilizar as forças armadas do seu país pouco depois do início das ofensivas, em setembro, tendo lançado uma campanha para encorajar os civis a alistarem-se, alegando que existe a ameaça de uma invasão por parte dos EUA.

Durante uma visita a um local de alistamento no final de setembro, o ministro da Defesa venezuelano, Padrino López, fez um apelo aos seus compatriotas para que se defendessem "da agressão imperialista contra a Venezuela".

As milícias civis da Venezuela foram criadas pelo falecido presidente Hugo Chávez para integrar voluntários nos esforços de defesa nacional.

Os membros recebem formação militar e participam frequentemente em exercícios de grande escala.

Outras fontes • AP

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhar Comentários