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Republika Srpska, na Bósnia, vota para eleger um novo presidente em eleições antecipadas

Um homem assina a lista de eleitores para receber o seu boletim de voto numa assembleia de voto na Bósnia, 2 de outubro de 2016
Um homem assina a lista de eleitores para receber o seu boletim de voto numa assembleia de voto na Bósnia, 2 de outubro de 2016 Direitos de autor  AP Photo
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De Euronews
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A entidade Republika Srpska, na Bósnia, está a realizar eleições presidenciais após a destituição de Milorad Dodik do cargo. Dodik apoiou Siniša Karan, do SNSD, enquanto o partido da oposição SDS afirma que o seu candidato lidera as sondagens, algo que o SNSD nega.

A entidade da Republika Srpska (RS) da Bósnia-Herzegovina realizará as suas eleições presidenciais no domingo, depois da Comissão Eleitoral Central, a nível estatal, ter marcado a votação na sequência da destituição do agora ex-presidente Milorad Dodik.

O tribunal da Bósnia-Herzegovina revogou o mandato de Dodik após considerá-lo culpado de desafiar as decisões do Alto Representante.

Dodik foi condenado a uma pena de um ano de prisão, convertida em multa, estando ainda proibido de exercer atividade política durante seis anos. O caso desencadeou uma crise política de meses no país, considerada a pior desde o fim da guerra na antiga República da Jugoslávia em 1995.

Dodik, que apoiou o candidato do seu partido no poder, SNSD, Siniša Karan, referiu, num comício de apoio a Karan, que "a vontade do povo é o que mais importa".

Criticou igualmente o governo de Sarajevo, afirmando que este pretende "devastar" a entidade de maioria sérvia.

"Estamos a defender a liberdade da Republika Srpska, protegendo a sua dignidade; somos nós que estamos a construir a Republika Srpska, que não permitiremos que os investimentos parem. Somos o garante da estabilidade e da segurança de todas as famílias da RS", declarou Dodik.

Do combate à corrupção à proteção dos recursos naturais

O candidato da oposição Branko Blanuša, do Partido Democrático Sérvio (SDS), **centrou a sua campanha nas questões relacionadas com a corrupção. "**Posso olhar nos olhos de todos os cidadãos da Republika Srpska, independentemente da sua religião ou nacionalidade", afirmou Blanuša.

Quatro outros candidatos estão nesta corrida eleitoral: Igor Gašević, Slavko Dragičević, Dragan Đokanović e Nikola Lazarević. Gašević e Dragičević não responderam aos pedidos da comunicação social. Đokanović tem-se concentrado nas questões relacionadas com os veteranos, enquanto Lazarević tem feito campanha pela proteção dos recursos naturais.

"O que está a ser levado a cabo é uma atividade criminosa abrangente [...], consequência de uma educação imposta e de uma sociedade degradada. Nos últimos anos, começaram a vender os valiosos recursos naturais", declarou Lazarević.

Os membros da oposição afirmam que Blanuša lidera as sondagens, enquanto o SNSD contesta os dados.

O grupo de monitorização eleitoral "Pod Lupom" registou irregularidades que a Comissão Eleitoral Central da Bósnia não classificou como violações.

A eleição ocorre quase exatamente 30 anos após a assinatura do Acordo de Paz de Dayton.

O acordo, assinado em novembro de 1995, pôs fim à guerra entre os três principais grupos étnicos do país - bósnios, sérvios e croatas - que teve início em 1992, durante a dissolução da antiga Jugoslávia, e que foi considerado o conflito mais sangrento em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

O acordo de paz, partes do qual operam como a Constituição do país, dividiu o país em duas unidades administrativas principais, ou entidades: a Republika Srpska, de maioria sérvia, e a Federação Bósnio-Croata da Bósnia-Herzegovina (FBiH), parcialmente supervisionadas por um governo de cúpula a nível estatal.

A Bósnia é um dos seis países dos Balcãs Ocidentais candidatos à adesão à UE, tendo obtido o estatuto de candidato em dezembro de 2022. No entanto, ainda não iniciou negociações com Bruxelas para a sua adesão plena.

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