Flávio Bolsonaro, filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse que o pai o apoiou para representar o partido e concorrer à presidência do Brasil em 2026. O senador garantiu que vai "continuar o projeto de nação".
O senador brasileiro Flávio Bolsonaro disse na sexta-feira que o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o apoiou para concorrer à presidência no próximo ano.
"É com grande responsabilidade que confirmo a decisão do maior líder político e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me confiar a missão de dar continuidade ao projeto da nossa nação", escreveu o filho mais velho de Jair Bolsonaro no X.
O assessor de Flávio Bolsonaro confirmou que ele irá desafiar o presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva.
Flávio Bolsonaro foi eleito senador em 2018 para um mandato de oito anos, antes disso tinha sido deputado estadual no Rio de Janeiro.
Já havia sido acusado pelo Ministério Público por desvio de dinheiro público, acusação que negou repetidamente, mas o tribunal acabou por arquivar o caso.
Muitos políticos no Brasil viam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ex-membro do gabinete de Jair Bolsonaro, como o sucessor natural. No entanto, ele encontrou resistência do círculo íntimo de Bolsonaro, que também considerou Flávio Bolsonaro como uma opção presidencial.
Jair Bolsonaro continua a ser uma figura central no cenário político polarizado do Brasil. Mesmo preso, pode influenciar a decisão de quem será o próximo sucessor do partido.
Há apenas algumas semanas, Jair Bolsonaro começou a cumprir sua pena de 27 anos de prisão por tentar um golpe após sua derrota nas eleições presidenciais de 2022. O líder de extrema direita já havia sido impedido de concorrer a cargos públicos até 2030 como parte de um processo separado contra ele.
A conspiração incluía planos para matar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o juiz Moraes. O plano também envolvia incentivar uma insurreição no início de 2023.
O ex-presidente foi também considerado culpado de acusações que incluíam a liderança de uma organização criminosa armada e a tentativa de abolição violenta do Estado de direito democrático.
Bolsonaro sempre manteve a sua inocência e negou qualquer ato ilícito.