Os Estados Unidos apreenderam um petroleiro ao largo da costa da Venezuela, numa operação liderada pela Guarda Costeira e apoiada pela Marinha, anunciou o presidente Donald Trump, numa nova medida para aumentar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro.
Donald Trump anunciou esta quarta-feira que os Estados Unidos apreenderam um petroleiro ao largo da costa da Venezuela, num contexto de tensões crescentes com o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
É a mais recente medida da administração Trump para aumentar a pressão sobre Maduro, acusado nos Estados Unidos de narco-terrorismo.
"Apreendemos um petroleiro ao largo da costa da Venezuela, um petroleiro grande, muito grande, o maior alguma vez apreendido, de facto", disse Trump aos jornalistas na Casa Branca.
Trump acrescentou que "outras coisas estão a acontecer", embora não tenha dado mais detalhes e tenha dito que falaria sobre isso mais tarde.
De acordo com um responsável dos EUA, que não estava autorizado a comentar publicamente e falou sob condição de anonimato, a apreensão foi realizada numa operação liderada pela Guarda Costeira dos EUA e apoiada pela Marinha.
Um dia antes, as forças armadas americanas sobrevoaram o Golfo da Venezuela com um par de caças, no que parece ser a maior aproximação de caças ao espaço aéreo venezuelano desde o início da campanha de pressão da administração.
Os Estados Unidos têm a maior presença militar na região desde há décadas e lançaram uma série de ataques mortais contra navios suspeitos de tráfico de droga no Mar das Caraíbas e no leste do Oceano Pacífico.
Trump afirmou que os ataques terrestres estão a chegar, embora não tenha dado pormenores sobre a sua localização.
Entre as concessões que os EUA fizeram a Maduro em negociações anteriores estava a autorização para a empresa petrolífera Chevron retomar a extração e exportação de crude venezuelano. As operações da empresa no país sul-americano eram uma importante tábua de salvação financeira para o governo de Maduro.