A administração dos EUA afirmou que "condena veementemente o ataque terrorista na Austrália que teve como alvo uma celebração judaica", na sequência do tiroteio mortal. As autoridades australianas estão a tratar o ataque como um ato de terrorismo.
O presidente dos EUA, Donald Trump, condenou veementemente o que considerou ser "um ataque puramente antissemita" após um tiroteio mortal que matou 16 pessoas durante uma celebração judaica e que causou comoção na Austrália.
Trump fez eco dos líderes mundiais na condenação do ataque, que teve lugar na icónica praia de Bondi, deixando dezenas de feridos. As autoridades australianas estão a tratar o ataque como terrorismo e o primeiro-ministro Anthony Albanese falou de "antissemitismo maligno".
Falando a partir da Casa Branca durante um evento de Natal, Trump disse que o ataque foi "horrível" e "puramente antissemita". O presidente dos EUA acrescentou: "Hoje podemos dizer em voz alta que celebramos o Hanukkah."
Trump também fez referência a um outro tiroteio na Universidade de Brown, que matou duas pessoas e deixou nove feridos. "Presto as minhas condolências às famílias", apontou.
Anteriormente, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chefe da política externa do país, disse que "o antissemitismo não tem lugar neste mundo" e que "os Estados Unidos o condenam veementemente". A administração Trump fez referência ao tiroteio como um ato de terrorismo.
O ataque, que matou 16 pessoas e feriu cerca de 40, é o mais mortífero desde 1996 num país com leis rigorosas de controlo de armas. O primeiro-ministro australiano, Albanese, prometeu "erradicar" os crimes de ódio no país.
"Não há lugar para esta violência e terrorismo de ódio na nossa nação. Deixem-me ser claro: vamos erradicá-los", afirmou numa conferência de imprensa após o tiroteio de domingo. Dos dois atiradores suspeitos, um morreu e o outro está em estado crítico.
Ataque durante o "Hanukkah by the Sea"
A polícia de Nova Gales do Sul emitiu um alerta às 19:00, hora local, no domingo, após relatos de um tiroteio em curso, instando as pessoas a manterem-se em locais seguros e a evitarem a praia de Bondi. Testemunhas oculares relataram cenas de pânico e caos, com pessoas a correrem para se proteger dos atiradores.
Imagens extraordinárias mostraram dois homens com espingardas de assalto a disparar contra as pessoas, soltando tiros rapidamente contra uma multidão em pânico. Um homem foi também filmado a lutar com um dos atiradores enquanto tentava tirar-lhe a espingarda e fazer cessar o tiroteio.
A polícia saudou o seu ato de coragem. Foi identificado como Ahmed al Ahmed, de 43 anos,pelos meios de comunicação australianos.
A celebração do Hanukkah, um dos eventos mais importantes do calendário judaico, estava a decorrer na famosa praia, onde cerca de 1.000 pessoas compareceram para participar.
A investigação está em curso.