Termina uma semana de convulsões nas bolsas internacionais. Arrastadas pelos péssimos resultados do mercado chinês, as restantes praças
Termina uma semana de convulsões nas bolsas internacionais.
Arrastadas pelos péssimos resultados do mercado chinês, as restantes praças internacionais acumularam perdas no início da semana. Até quarta-feira Xangai registava uma queda semanal de 16,5%. Depois vieram as subidas. A praça asiática ainda conseguiu reduzir a desvalorização para os 7,85%. Na Europa as quedas não foram tão grandes, daí uma recuperação menos acentuada. Lisboa fechou mesmo a semana em queda ligeira, a perder 0,36%.
Tanta oscilação deixa os investidores, em todo o mundo, muito nervosos. Mike Ingram, analista da BGC, acredita que “os investidores estão a regressar à bolsa de Xangai, mas os problemas mantém-se e ficaria muito supreendido se chegassemos ao final do ano com uma recuperação total.”
Sobretudo porque a contribuir para a recuperação do mercado chinês poderá ter estado uma intervenção do governo de Pequim. Ou seja, a instabilidade pode regressar.
Francis Lun, administrador da GEO SECURITIES, defende que “os investidores que perderam muito dinheiro nestes dias precisam de ajuda psicológica. Precisam de alguem que os ajude a ultrapassar as perdas. É necessário dar-lhes alguma esperança, mesmo nas horas mais negras deve existir uma luz ao fundo do túnel.”
De qualquer forma, para a história fica uma das semanas mais negras dos mercados financeiros desde 2002: o Bank of America-Merril Lynch estima que se tenham perdido mais de 26.000 milhões de euros em capitalização.