A Shell anunciou que deixará de operar em 10 países para cortar custos, depois da compra da BG Group por 48 mil milhões de euros
A multinacional energética anglo-holandesa Shell anunciou que deixará de operar em 10 países, numa medida que visa o corte de custos depois da compra da BG Group, a antiga British Gas, por 48 mil milhões de euros.
A Shell espera poupar, depois da integração da BG Group, cerca de 4 mil milhões de euros, um aumento face 900 milhões inicialmente previstos.
A reestruturação das operações da Shell deverá traduzir-se no despedimento de 12,500 pessoas, embora a empresa não tenha anunciado de que países pretende-se retirar-se.
O Presidente da Shell, Ben Van Beurden, espera que os novos cortes permitam à Shell melhorar a presença nos mercados, depois de uma prestação menos dinâmica face aos rivais ao ser conhecida a compra da BG Group.
Segundo Van Beurden, a Shell vai concentrar-se em metas de crescimento a curto prazo relacionadas com projetos de exploração no Brasil e no Golfo do México. A produção de petróleo de águas profundas poderia chegar aos 900 mil barris por dia até 2020, segundo previsões da petrolífera.
O valor das ações da Shell tinha subido 1,5% pouco depois da abertura dos mercados. A empresa espera que as poupanças, aliadas à venda de propriedade possam beneficiar os acionistas até 10% até ao fim da década, assumindo que o preço do barril de petróleo permanece nos 52 euros.