Após a euforia, a realidade.
Após a euforia, a realidade.
A maioria das bolsas europeias termina o dia em queda, depois de terem aberto em alta com a vitória de Emmanuel Macron. Os investidores centram as atenções nos desafios que o novo presidente francês tem pela frente.
A economia precisa de reformas, mas a aplicação do programa de Macron, já apelidado de “Macronomics”, vai depender dos resultados das legislativas de 11 e 18 de junho.
Analista do Baader Bank, Robert Halver adianta: “Macron tem muito para fazer. A doença francesa é enorme. Não se podem camuflar os desafios da economia francesa. É necessária uma operação completa. As reformas serão difíceis e é evidente que muitas pessoas em França não ficarão contentes com elas”.
A bolsa de Londres termina inalterada, enquanto Paris lidera as quedas, recuando quase um por cento. Lisboa cede perto de 0,7%. Frankfurt recua 0,18%, seguia por Madrid e Milão.
#Stocks Open Flat; #Europe Mixed After #France#Election; #Disney Falls.https://t.co/YLxD5AO8Ybpic.twitter.com/zkLkLm7fy4
— Breaking Gold News (@currentgoldnews) 8 de maio de 2017
O euro recuou 0.63% face à divisa norte-americana, depois de ter superado 1,10 dólares, o máximo de seis meses. Face ao iene tocou máximos de um ano, mas inverteu também a tendência.
Com a vitória de Macron, a Europa respira de alívio. Mike Ingram, do BGC Partners, estima: “Penso que a próxima crise da zona euro ou da União Europeia é definitivamente o Brexit. A vitória de Macron vai animar os defensores da UE e os federalistas. O próprio Emmanuel Macron já manifestou a vontade de complicar a vida ao Reino Unido nas negociações do Brexit”.
A bolsa de Nova Iorque segue também negativa. Depois de terem antecipado a vitória de Emmanuel Macron, os mercados olham para o futuro, quer do programa do novo presidente francês quer da política monetária do Banco Central Europeu e da Reserva Federal.