O fantasma do Brexit paira sobre o Salão Automóvel de Genebra. Depois de anos de crescimento e de lucros recorde, a incerteza afeta o setor automóvel, numa altura em que o Reino Unido parece oscilar entre uma saída sem acordo e um adiamento do Brexit.
O fantasma do Brexit paira sobre o Salão Automóvel de Genebra. Depois de anos de crescimento e de lucros recorde, a incerteza afeta o setor automóvel, numa altura em que o Reino Unido parece oscilar entre uma saída sem acordo e um adiamento do Brexit.
"Estamos preparados para um Brexit sem acordo e para lidar com isso. Supomos que em relação às taxas para a União Europeia (UE), teremos de passar o preço líquido para o cliente, mas obviamente a libra vai cair. Podemos perder um pouco de quota de mercado na UE, mas vamos mais do que recuperá-la, no Reino Unido, porque os nossos concorrentes vêm da Europa e temos taxas no sentido oposto", afirma o CEO da Aston Martin, Andy Palmer.
O Reino Unido é o segundo maior mercado de carros e o quarto maior fabricante.
"Antes de mais precisamos de uma conclusão positiva, o que significa que precisamos de um acordo. Os políticos da Europa e do Reino Unido não podem ultrapassar isto sem um acordo. Não posso aceitar, como cidadão europeu, que os meus políticos europeus e os meus políticos do Reino Unido me digam que não conseguiram chegar a um acordo. Isto não é uma resposta", critica o CEO do grupo PSA, Carlos Tavares.
O Parlamento britânico vai tomar uma decisão sobre o Brexit no dia 12 de março.