A ativista e o presidente norte-americano não se encontraram, mas travaram um duelo de palavras. Trump diz que os ativistas do clima são "profetas da desgraça".
Depois de se terem cruzado na ONU e do célebre olhar mortífero lançado por Greta Thunberg a Donald Trump, os dois voltaram a estar no mesmo local, desta vez em Davos, mas não se cruzaram. No discurso perante o Fórum Económico Mundial, a jovem ativista sueca, eleita pessoa do ano 2019 pela revista Time, criticou não só os Estados Unidos, como todos os principais governos do mundo por estarem a falhar as promessas do acordo de Paris: "O facto de os Estados Unidos estarem a deixar o acordo de Paris parece estar a enraivecer e a preocupar toda a gente - e ainda bem. Mas o facto de estarmos todos a falhar aquilo que foi assinado nesse acordo não parece preocupar, nem um bocadinho, as pessoas que estão no poder", disse.
As manifestações contra o presidente norte-americano ficaram fora de Davos, mas isso não impediu um cartaz anti-Trump nas montanhas, durante a viagem de helicóptero até à estância nos Alpes Suíços. No discurso, defendeu a posição americana e criticou os ativistas do clima, a quem chama "profetas da desgraça".
"É altura para uma enorme esperança, alegria, otimismo e ação. Mas para abraçar o que o amanhã nos oferece, temos de rejeitar os perenes profetas da desgraça e suas previsões apocalípticas", disse o presidente dos EUA.
Donald Trump anunciou que os Estados Unidos se iriam juntar à iniciativa mundial de plantar um bilião de árvores para ajudar a absorver o dióxido de carbono da atmosfera. Greta Thunberg respondeu dizendo que "plantar árvores é importante, mas o mais urgente é cortar as emissões".