Pescadores europeus não vendem o suficiente.
Depois de mais uma noite de trabalho na costa de Itália, longe do medo provocado pela pandemia de coronavírus, os pescadores regressam ao porto de Fiumicino, perto de Roma, escoltados por gaivotas e golfinhos.
Mas com o porto à vista, os perigos da realidade também aparecem. Há que colocar as máscaras antes de ir vender o peixe. Com o país fechado dentro de quatro portas, não encontram motivos para sorrir.
Passa-se o mesmo em França - os pescadores não vendem o suficiente atualmente. Antes do confinamento, eram vendidas, aproximadamente, 60 toneladas de peixe todas as semanas no porto de Boulogne-sur-Mer. Agora, as vendas caíram para 15 toneladas e os preços estão 20% mais baixos - 5000 empregos estão em perigo na indústria das pescas devido à pandemia.
Mas no porto de Durres, na Albânia, 50 mulheres que trabalham numa fábrica de conservas de anchovas não têm mãos a medir e o volume de negócios está a aumentar.
Antes da pandemia, a fábrica exportava 25 mil quilos de anchovas enlatadas todos os meses para países da União Europeia. Agora, vende mais de 34 mil quilos.
O peixe que está a ser processado agora foi capturado em 2019. A temporada de pesca deste ano começa neste mês de abril, mas é provável que seja interrompida devido às restrições em torno do coronavírus.