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Estados-membros da UE adotam lista de retaliação em resposta às tarifas dos EUA

Garrafas de uísque Bourbon fabricado nos Estados Unidos estão expostas numa loja de bebidas em Niles, Illinois, na quinta-feira, 13 de março de 2025.
Garrafas de uísque Bourbon fabricado nos Estados Unidos estão expostas numa loja de bebidas em Niles, Illinois, na quinta-feira, 13 de março de 2025. Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Peggy Corlin
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Os Estados-membros adotaram, na manhã desta quinta-feira, a lista de contramedidas que visam produtos norte-americanos no valor de 93 mil milhões de euros, em resposta às tarifas impostas pelos EUA, mas a Comissão ainda não tomou nenhuma decisão.

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Os Estados-membros aprovaram, esta quinta-feira, a lista de tarifas retaliatórias proposta pela Comissão Europeia para contrariar as medidas comerciais dos EUA, tendo apenas a Hungria votado contra.

A lista inclui um pacote inicial de medidas adotadas no início de abril e visa produtos como aeronaves, automóveis e peças automóveis, sumo de laranja, aves, soja, aço e alumínio, iates.

O uísque Bourbon também foi incluído na lista, apesar do intenso lobby de França e da Irlanda, que temem retaliações dos EUA sobre vinhos e bebidas espirituosas. As indústrias da UE também foram consultadas antes da Comissão propor a lista aos Estados-membros.

As contramedidas só entrarão em vigor se não for alcançado um acordo até 1 de agosto, prazo estabelecido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a partir do qual diz estar pronto para impor tarifas de 30% sobre as importações da UE.

Instrumento anticoação

Uma maioria qualificada dos Estados-membros também parece disposta a acionar o instrumento anticoação, que permitiria à UE atingir os serviços dos EUA caso não se chegue a um acordo.

A Alemanha resistiu durante muito tempo a utilizar esta poderosa bazuca, mas juntou-se agora a França, que há muito é uma forte defensora do instrumento anticoação.

Após um jantar, na quarta-feira, entre o chanceler alemão Friedrich Merz e o presidente francês Emmanuel Macron, uma fonte do Eliseu afirmou a visão comum dos dois líderes sobre as negociações em curso entre a UE e os EUA.

"Esperam um resultado satisfatório das discussões que salvaguarde os interesses da UE", disse a fonte, acrescentando "ao mesmo tempo que estavam a acelerar o trabalho sobre as contramedidas - incluindo o instrumento anticoação - em coordenação com a Comissão, caso não seja alcançado um acordo".

Os EUA impõem atualmente taxas de 50% sobre o aço e o alumínio vindo da UE, 25% sobre os automóveis e 10% sobre todas as importações.

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